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Índia busca parcerias em álcool no Brasil

A Índia está prestes a definir seu programa de álcool no país e busca no Brasil parcerias para aumentar a escala de sua produção para implementar a mistura do combustível na gasolina. “A implementação do programa de álcool na Índia depende de uma decisão política do governo”, disse o embaixador da Índia para o Brasil H.S. Puri.

Atualmente nove dos 27 Estados da Índia fazem a mistura de 5% de álcool na gasolina. A Índia é o segundo maior produtor de cana e de açúcar do mundo, atrás do Brasil. Nos últimos dois anos, contudo, as regiões produtoras daquele país foram afetadas por uma forte estiagem, o que reduziu drasticamente a produção de cana no país. A produção deve voltar a atingir 18 milhões de toneladas de açúcar.

A implementação do programa de álcool teve de ser adiada por causa da seca. Nestes últimos dois anos, a Índia tornou-se o principal importador do álcool brasileiro. No ano passado, a Índia importou 414,2 milhões de litros (US$ 115,174 milhões). Em 2004, os indianos importaram 478,6 milhões de litros (US$ 92,9 milhões), segundo levantamento da Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo).

Puri disse que o país pretende aumentar a produção de cana. No dia 26 de janeiro, o embaixador reuniu-se com o presidente da Unica, Eduardo Pereira de Carvalho, para discutir parcerias entre os dois países no setor sucraolcooleiro. “Discutimos, neste primeiro momento, a possibilidade de troca de experiência na parte tecnológica”, disse.

Segundo Carvalho, há interesse do setor privado da Índia em investir em álcool no Brasil, mas não há nenhuma negociação no momento.

Mesmo com a busca por combustíveis alternativos, o petróleo ainda é a matriz energética mais importante da Índia e o segmento onde os robustos investimentos estão concentrados. R. Viswanathan, ministro de Relações Exteriores para América Latina, disse que a estatal Oil Natural Gas Commission pretende investir US$ 700 milhões em uma plataforma off shore de petróleo no Brasil. Viswanathan disse que a estatal pretende comprar essa plataforma de uma multinacional instalada no Brasil, mas as negociações ainda estão em andamento. A estatal já investiu US$ 5 bilhões pelo mundo e quer diversificar seus investimentos na América Latina.

Segundo Viswanathan, outra estatal indiana Railway Indian também estaria fechando uma parceria para prestar consultoria para CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) na recuperação da malha ferroviária da companhia. Há um grande interesse das empresas indianas em investirem em Tecnologia da Informação (TI) no Brasil.

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