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Incentivo ao uso do álcool pode salvar usinas do NE

Com 28 usinas e destilarias em operação, cerca de 120 mil empregos diretos, área plantada de 413 mil hectares (área de colheita de cerca de 380 mil hectares), 23,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 2,1 milhão de toneladas de açúcar e 570 milhões de litros de álcool, o setor sucroalcooleiro de Alagoas tem o segundo menor custo de produção do mundo. O problema é que tem de competir com São Paulo, o gigante mundial da cana-de-açúcar, com uma produção quase dez vezes maior que a alagoana e custos até 30% menores.

No cenário nacional, Alagoas e o Nordeste perdem competitividade. O clima da região não ajuda. E o máximo que as indústrias do setor conseguem, com o uso de tecnologias como a irrigação, é igualar as produtividade agrícolas alcançadas no Centro-Sul em regime de sequeiro. “Temos um custo maior e, portanto, perdemos competitividade”, reconhece o presidente da CRPAAA.

A saída para manter o setor sucroalcooleiro ativo no Nor-deste, além da regularização do programa de equalização de custos da cana-de-açúcar, seria, segundo João Tenório, a abertura de novos mercados.

“Hoje existe possibilidade de o Brasil aumentar os volumes de exportação de álcool. Mas esse é um mercado que precisa ser trabalhado”, ressalta. “Acredito que antes devemos apostar no mercado interno. Podemos criar medidas para incentivar o aumento do consumo de álcool no Brasil, com muito mais facilidade e com uma resposta mais rápida”, afirma Tenório. “Acredito que uma das saídas mais viáveis seria o incentivo, por meio de medidas fiscais, da venda de carros bicombustíveis, movidos a álcool e a gasolina”, acrescenta.

Sem a adoção de medidas que estimulem o consumo do açúcar e do álcool e que protejam o setor no Nordeste (equalização), João Tenório acredita que o setor sucroalcooleiro do Nordeste pode apresentar nova retração. “Algumas unidades já foram desativadas no passado. Para que isso não se repita é preciso que o governo estabeleça políticas corretas de incentivo e de proteção do setor”, defende.

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