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Importação e exportação perdem fôlego em maio

As exportações e importações perderam fôlego em maio, segundo os dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Nas duas primeiras semanas do mês, as importações somam US$ 2,460 bilhões, com média diária de US$ 273,3 milhões – uma redução de 9,9% em relação à média diária registrada em maio do ano passado. As exportações acumulam neste mês US$ 4,411 bilhões, com média diária de US$ 490,1 milhões. O resultado é 4,8% maior do que a média diária de maio de 2005 mas o crescimento foi bem menor que nos últimos meses. O superávit comercial acumulado no mês é de US$ 1,951 bilhão.

A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento afirma que ainda é cedo para avaliar se a perda de dinamismo é reflexo da greve dos auditores fiscais da Receita Federal, iniciada no dia 2 de maio. Os auditores são responsáveis pelo registro das importações e exportações.

O sindicato dos auditores fiscais (Unafisco), no entanto, afirma que já há mercadoria estocada nos portos e aeroportos do País por causa da greve.

Apenas na segunda semana de maio, as vendas para o mercado externo ficaram em US$ 2,342 bilhões e as compras internacionais atingiram US$ 1,271 bilhão. O saldo positivo ficou em US$ 1,071 bilhão, o terceiro maior resultado semanal do ano.

Os dados de maio contrastam com o resultado acumulado no ano que mostram as importações crescendo em um ritmo mais forte do que as exportações. As compras subiram 20,6% enquanto que as vendas externas estão 15,8% maiores que no mesmo período de 2005.

A queda nas importações de petróleo foi o que mais impactou no resultado de maio, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Os dados mostram que diminuíram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (55,6%), equipamentos mecânicos, (11,4%), químicos orgânicos e inorgânicos (8,4%), aeronaves e peças (8,1%) e veículos (7,5%).

Do lado das exportações. houve aumento de 15,3% nos embarques de produtos básicos, enquanto que os semimanufaturados e manufaturados ficaram praticamente estáveis em relação a maio de 2005. Entre os básicos, os destaques foram as vendas de petróleo em bruto, soja em grão, milho em grão e fumo em folhas.

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