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IGP-M tem deflação de 0,49% na segunda prévia de agosto

A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) registrou uma taxa negativa de 0,49% na segunda medição de agosto. A queda de preços foi ainda mais intensa do que na segunda prévia de julho, quando o índice havia apurado deflação de 0,25%.

O patamar ainda menor de inflação foi motivado pela desaceleração generalizada no atacado, varejo e construção civil. Os dados preliminares de agosto indicam que o IGP-M está prestes a completar o quarto mês seguido de deflação.

A última vez em que o índice captou um período prolongado de arrefecimento de preços foi em 2003, também influenciado pela variação cambial. A FGV descarta que as consecutivas quedas de preço sejam sinônimo de recessão.

Os preços no atacado intensificaram ainda mais sua trajetória de queda e passaram de -0,48% na segunda parcial de julho para -0,64% na segunda prévia de agosto. Produtos acabados e insumos industriais contribuíram para o recuo mais acentuado de preços.

Entre os produtos acabados, o destaque de desaceleração ficou por conta dos alimentos in natura, que passaram de -0,97% para -3,53%.

Combustíveis e lubrificantes para a produção acentuaram a queda dos bens intermediários. O grupo, que inclui combustíveis como diesel, óleo combustível e querosene, passou de 1,79% para -0,91%. Como esses combustíveis costumam acompanhar a cotação do preço do petróleo no mercado internacional, existem dúvidas quanto à possibilidade de manutenção da queda de preços.

Já as matérias-primas brutas mostraram movimento de recuperação de preços após a queda acentuada verificada em alguns produtos. A taxa passou de -0,81% na segunda prévia de julho para -0,75% na segunda parcial de agosto. Os destaques de aceleração foram café em coco (-8,35% para -4,30%) e cana-de-açúcar (-3,16% para 0,69%).

O consumidor também pôde perceber o menor fôlego da inflação. A taxa do varejo passou de 0,03% na segunda medição de julho para -0,28% na segunda prévia de agosto.

Os grupos que mais contribuíram para a deflação no varejo foram habitação, alimentação e vestuário. O subgrupo luz, gás e telefone passou de 0,75% para 0,42%. Na alimentação, o destaque foi a queda de preços das frutas, que passaram de 4,06% para -4,47%.

O vestuário contribuiu com a queda nos preços das roupas com as promoções de inverno.

Os custos da construção civil passaram de 0,65% para 0,03% com a estabilidade do item mão-de-obra, que vinha sendo pressionado nos últimos meses com reajustes nas principais capitais do país.

Os preços foram coletados entre os dias 21 de julho e 10 de agosto.

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