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IBGE reduz previsão da safra 2006

Após a quebra de safra que abalou o setor agrícola no ano passado, 2006 deverá registrar uma recuperação da produção no País, especialmente no Rio Grande do Sul. As projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam uma safra de 123,9 milhões de toneladas para este ano, 10% superior aos 112,4 milhões de toneladas da safra anterior. A colheita gaúcha de soja, por exemplo, deverá crescer 237% neste ano ante 2005. Mas a estimativa do IBGE relativa a fevereiro e divulgada ontem é inferior a janeiro, quando a safra estimada era de 126 milhões de toneladas.

Segundo o gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE, Neuton Alves Rocha, a perda em torno de 2 milhões de toneladas entre as estimativas de um mês para o outro se deve às culturas de milho e soja, especialmente em Mato Grosso do Sul, Bahia e Minas Gerais, prejudicados por fortes estiagens.

Entretanto Rocha avalia que 2006 será um ano bem melhor para a agricultura do que o ano passado. Segundo ele, as condições climáticas que derrubaram a produção em 2005 permanecem em geral favoráveis nos últimos meses, ainda que permaneça algum cuidado na avaliação do milho e da soja.

No Rio Grande do Sul, além do aumento estimado para a soja, a perspectiva é de crescimento de 183,51% na produção do feijão em grão na 2ª safra e 261,17% no milho em grão na 1ª safra. No total da safra 2006, milho e soja vão responder, juntos, por 80% da produção nacional de grãos.

A estimativa do IBGE aponta aumento na produção para as seguintes principais culturas pesquisadas: os seguintes produtos: café em grão (19,38%), cana-deaçúcar (5,04%), cebola (3,19%), feijão em grão na 1ª safra (20,18%), feijão em grão 2ª safra (9,89%), laranja (2,63%), milho em grão 1ª safra (19,58%), milho em grão na 2ª safra (25,16%), soja em grão (11,65%) e trigo em grão (4,64%) e triticale.

Ainda entre as principais culturas, há quedas previstas para algodão herbáceo em caroço (-22,39%), arroz em casca (-14,53%), feijão em grão 3ª safra (-1,27%) e mamona (-21,82%).

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