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IAC abre inscrições para mestrado em agricultura tropical e subtropical

O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) abre inscrições para o curso de mestrado “strictu sensu” na Pós-Graduação em Agricultura Tropical e Subtropical IAC, de 1º a 29 de outubro de 2010. O curso passou a ter nota 5 a partir da última avaliação realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A nota refere-se ao conceito “Muito bom” e foi divulgada em setembro.

As inscrições devem ser feitas pelo site www.iac.sp.gov.br, no link Pós-Graduação. A seleção de alunos será realizada nos dias 17, 18 e 19 de novembro e a divulgação dos resultados será no dia 10 de dezembro de 2010. A relação da documentação exigida e todas as informações sobre o processo seletivo estão disponíveis no site, incluindo o programa da prova escrita e as literaturas recomendadas para as três áreas de concentração: Gestão de Recursos Agroambientais, Melhoramento Genético Vegetal e Tecnologia da Produção Agrícola.

O curso de Pós-Graduação em Agricultura Tropical e Subtropical IAC passou a ter nota 5 a partir da última avaliação trienal dos Programas de Pós-Graduação de todo o Brasil, em todas as áreas do conhecimento, realizada pela CAPES. A PG-IAC poderá atingir, nos próximos exames, nota 6 ou 7, já que agora conta também com o curso de doutorado. “Como o doutorado iniciou há cerca de dois anos, ainda não temos tese defendida”, diz a pesquisadora Adriana Parada Dias da Silveira, coordenadora da Pós-Graduação IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

Em todos os critérios avaliados o Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical e Subtropical do IAC recebeu o conceito 5. São eles: estruturação, objetivos, áreas de concentração, corpo docente, titulação, aprimoramento e experiência, dedicação às atividades de pesquisa e de formação do Programa. Também foram analisados o corpo discente, as teses e dissertações em seus aspectos de qualidade e quantidade e a produção intelectual, considerando-se a participação de professores e alunos. A CAPES avaliou, ainda, a inserção social das pesquisas e impacto regional e nacional do Programa de Pós-Graduação.

A nova nota do curso amplia as oportunidades. De acordo com a coordenadora, o conceito 5 possibilita a participação em programas específicos da CAPES para cursos com esse conceito ou superior e facilita o estabelecimento de intercâmbios com universidades e instituições fora do Brasil.

Para os alunos do mestrado, ampliam-se possibilidades de solicitação de bolsas de estudo em outras agências de fomento à pesquisa. Para os de doutorado, há a oportunidade de realizar parte de seu treinamento no exterior, pela concessão das chamadas bolsas sanduíches. “Além, é claro, de ter em seu currículo um curso melhor conceituado”, diz Adriana Parada.

De acordo com a coordenadora, a nova avaliação contribui também com a administração do curso, pois ao ampliar o número de bolsas e das atividades de pesquisa, aumenta-se também a injeção de recursos pela CAPES e abre-se o canal para obtenção de convênios internacionais. “Um curso melhor conceituado aumenta o respeito e a credibilidade da PG-IAC junto a seus pares, no Brasil e no exterior, e também em relação a agências de fomento, não só com relação a bolsas de estudo como também com relação ao financiamento de projetos”, considera.

A avaliação é feita por comitês das áreas específicas, nas quais os Programas estão inseridos. A CAPES confere conceitos que variam de 3 a 7. Setenta por cento dos Programas brasileiros têm conceitos 3 e 4, 20% têm conceito 5 e 10%, conceitos 6 e 7. “Isso coloca a PG-IAC numa posição privilegiada, mas também nos inspira a continuar a busca pela excelência”, diz a coordenadora do curso.

Perfil prático

A PG-IAC se destaca por focar em seus estudos questões reais presentes nas demandas dos setores de produção agrícola. Desde 1999, quando foi implantado o curso, 266 dissertações de mestrado foram defendidas e resultaram em soluções para a agricultura.

Trabalho resultante de projeto desenvolvido durante o curso de mestrado no IAC recebeu o Prêmio ABH, outorgado pela Associação Brasileira de Horticultura e entregue durante o 50º Congresso Brasileiro de Olericultura, realizado em julho, em Guarapari, Espírito Santo. O reconhecimento veio com o estudo “Capacidade de combinação em pimentão para resistência ao oídio”. A mestra pelo IAC, Cristina Bambozzi Marchesan, foi orientada pela pesquisadora do Instituto e docente Arlete Marchi Tavares de Melo. O trabalho — na área de Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia — também foi publicado na revista Horticultura Brasileira (27: 2009).

De acordo com a orientadora Arlete Marchi, na pesquisa foram obtidos híbridos entre pimentões comerciais de frutos grandes, mas altamente suscetíveis à doença e um pimentão sem valor comercial mas resistente a um fungo, chamado de oídio. “Esse fungo provoca desfolhamento total da planta e paralisação da produção”, diz. Ele ocorre principalmente em cultivo protegido, onde a condições de temperatura alta e baixa umidade relativa do ar são propícias para o seu desenvolvimento. Segundo a pesquisadora do IAC, três híbridos apresentaram suscetibilidade moderada ao fungo. “Na etapa seguinte do melhoramento, serão feitos retrocruzamentos visando recuperar o tamanho do fruto, bem como aumentar o nível de resistência”, afirma Arlete.

PG-IAC

A Pós-Graduação IAC em Agricultura Tropical e Subtropical é dividida em três áreas de concentração: Gestão de Recursos Agroambientais, Melhoramento Genético Vegetal e Tecnologia da Produção Agrícola. Referendado pela CAPES, o curso objetiva formar pesquisadores, docentes e profissionais especializados, em nível de mestrado, desde 1999. O curso de doutorado foi implantado no final de 2008. Alunos da PG-IAC contam com bolsas de estudos junto a financiadoras como CAPES, Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (FAPESP), CNPq e iniciativa privada.

A PG-IAC se destaca por oferecer formação voltada para a pesquisa aplicada, com geração de tecnologia específica para cada cultura ou para cada linha de pesquisa no universo da agricultura tropical e subtropical. Como instituição de pesquisa não pertencente ao sistema universitário, o IAC foi pioneiro no Estado de São Paulo ao criar, em Campinas, um curso autônomo de pós-graduação stricto-sensu, o mestrado. Com a pós-graduação, a Instituição, além de gerar conhecimento, passou a formar recursos humanos voltados para a pesquisa com aplicação prática, direcionada aos problemas existentes na agricultura.

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