Mercado

Homero Corrêa de Arruda, dedicação ao setor definida ainda jovem

Em 1963, ainda jovem, Homero Corrêa de Arruda concluiu o curdo de engenharia agronômica na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), Campus da Universidade de São Paulo (USP) de Piracicaba. Sua inserção do mercado de trabalho estava mais do que definida, afinal veio de uma família tradicionalmente sucroalcooleira, os Ometto. “Não poderia ser diferente, afinal essa vocação profissional herdei do meu avô, Constanti Ometto”, afirma hoje o empresário e vice-presidente da Usina São Martinho (Pradópolis – SP), uma das maiores unidades produtoras de açúcar e álcool do mundo.

Ele é um daqueles que dedica a vida ao setor e para ele vislumbra a consolidação mundial como fundamental atividade econômica limpa e ecologicamente correta. Defende a tese apontando para o domínio da tecnologia totalmente nacional, bem como para o parque de bens de capital pronto para transferir tecnologia e equipamentos para todos os continentes, e acrescenta que “o Brasil tem que liderar esse mercado mundial pelas suas potencialidades, características e capacidade de expansão para, por exemplo, fornecer álcool combustível para todo o mundo”.

Além disso, o empresário tem convicção de que o setor sucroalcooleiro vive um momento que requer parcerias com o governo a fim de aprimorar a logística de transporte, estocagem e portuária, permitindo uma estrutura capaz de ampliar a competitividade do açúcar e álcool no mercado internacional. Para ele, outros fatores devem ser considerados dentro das possibilidades reais de expansão do setor e consolidação no mercado externo, como crédito de carbono e o desenvolvimento da célula de combustível. No mercado interno, avalia como estratégico para o País o aproveitamento da capacidade de cogeração de energia elétrica.

No caso da energia elétrica, considerado o terceiro produto mais importante do setor sucroalcooleiro, relatório da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) confirma que existem projetos cogerando em 34 usinas de todo País, que totalizam 619.531 kW. Em implantação, encontram-se sete projetos, que somam 75.079 kW. Em outorgas na agência, são mais de 390 mil kW. Isso significa que o setor poderia produzir 8 mil mega watts (2/3 de Itaipu, maior hidrelétrica brasileira), e até mesmo chegar a 15 mil mega watts dependendo do desenvolvimento de novas tecnologias e aproveitamento total da palha da cana hoje queimada.

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