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Hidrogênio obtido a partir do álcool brasileiro

O mercado brasileiro possui grandes esperanças com a geração de energia com o hidrogênio obtido a partir do álcool. Utilizar o etanol extraído da cana-de-açúcar e a malha de distribuição já existente constitui um cenário economicamente animador e ambientalmente viável porque há um ciclo completo de emissão e absorção de gás carbônico, o principal responsável pelo efeito-estufa.

O Instituto Nacional de Tecnologia (INT), o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) estão buscando desenvolver catalisadores que permitam a obtenção e a purificação do hidrogênio a partir do etanol através do projeto Geração de Hidrogênio a partir da reforma do etanol.

Uma possibilidade de aplicação da célula combustível é nos motores a álcool dos automóveis. Com um catalisador eficiente, o hidrogênio liberado no motor seria levado para a célula combustível, gerando energia “limpa” para movimentar o automóvel.

Outra possibilidade de aplicação seria o abastecimento de eletricidade nos locais em que a energia convencional não chega. Dados do Ministério das Minas e Energia de 2003 mostram que cerca de 10 milhões de brasileiros não tem acesso a energia elétrica, a maior parte deles na região Nordeste. Das famílias que vivem sem energia elétrica, 90% têm renda inferior a três salários mínimos. Na Amazônia, região que há impossibilidade de interligação com as redes elétricas convencionais, vivem cerca de 300 mil famílias.

O projeto leva em conta a elevada produção do etanol no Brasil, que este ano deve chegar a 17 bilhões de litros de álcool, gerados a partir de uma produção estimada de 440 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

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