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Guerra, fabricante de reboques, terá mais duas fábricas

Segundo maior fabricante de reboques e semi-reboques do País, a Guerra S.A., de Caxias do Sul (RS), deve abrir até o final deste ano as duas novas unidades industriais, projetadas para Rosário, na Argentina, e outra no centro-oeste do Brasil, para atender a forte demanda do setor canavieiro.

No caso argentino, a direção da empresa está em contato permanente com autoridades do novo governo, e de acordo com o diretor comercial e de marketing, Marcos Guerra, o credenciamento como montadora pode ocorrer ainda no final do primeiro semestre.

Por enquanto, a montadora gaúcha opera em território argentino na condição de importadora. “Acredito que mais tardar, em julho, nós já tenhamos recebido a autorização como fabricante local. Com isto, vamos poder gozar do benefício fiscal Reintegro, que dá uma vantagem de 14% para quem vende no mercado interno argentino. Hoje nós não temos isso, mas estamos esperando ansiosos o comunicado”, informa o diretor da Guerra, que afirma já ter pronto a estrutura para montar os equipamentos.

O empresário adianta que a decisão de ter uma unidade próxima aos usineiros de cana-de-açúcar já está tomada, mas que a definição do local sairá em maio. “Por enquanto estamos em stand by”, desconversa o empresário, esquivando-se de dar mais detalhes sobre o projeto. “Este é um setor que está em alta no mercado em função de alternativas para controlar o aquecimento global”, comenta Guerra, que em nenhum dos casos falou sobre investimentos.

No ano passado, a empresa obteve faturamento de R$ 479,2 milhões, alta de 54% sobre o ano anterior. O ano de 2007 ficará na história da empresa como recordista na produção de reboques e semi-reboques: 8,3 mil unidades entre as linhas leve e pesada, volume 47% maior do que as 5,7 mil fabricadas em 2006. O principal impulso foi dado pelas exportações, que no ano passado somaram US$ 45 milhões, elevação de 142% em relação ao ano anterior, com US$ 18,2 milhões.

A Venezuela liderou, praticamente sozinha, com importações de US$ 38 milhões. “A maior parte destas vendas foram realizadas ainda no primeiro semestre de 2007”, conta o diretor comercial e de marketing, Marcos Guerra, ressaltando que o mercado venezuelano vem sendo trabalhado com ênfase a partir do ano 2000.

“Temos um importador em Caracas dono de uma rede de 14 casas espalhadas pelo País”, informa o empresário gaúcho. Mas as facilidades para importação encontradas até aqui, de acordo com Marcos Guerra, vão sofrer mudanças já neste ano com novas regras e possíveis alterações de alíquotas para entrada de produtos. “De qualquer modo, a capacidade instalada deles não dá conta da demanda interna.”

No ano passado, a Divisão Implementos da Randon, também de Caxias do Sul, exportou para a Venezuela US$ 10 milhões. “Atualmente, 70% do mercado venezuelano é nosso”, diz Guerra. (Guilherme Arruda)

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