Grupos temáticos discutirão setor sucroalcooleiro do Brasil
O Governo criou quatro grupos temáticos de trabalho, formados durante reunião da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool, dia 30 de agosto, em Brasília, DF, para estudar, analisar e propor ações que melhorem o setor sucroalcooleiro nacional.
Os grupos de “Política Agrícola”, “Questões Socioambientais”, “Bioeletricidade e Regulação” e “Abastecimento” terão representações das indústrias sucroalcooleiras, produtores de cana, além de órgãos federais e entidades de classe.
No grupo de “Política Agrícola” serão debatidas alternativas para a volatilidade de preços, sendo a fixação do preço mínimo da matéria-prima um dos aspectos mais importantes, além de medidas que reduzam o risco do produtor rural no tocante aos custos de produção e o retorno deste investimento. O grupo será presidido pela CNA e será representado por fornecedores, membros de unidades produtoras, entidades de classe e governo.
Já o grupo de “Questões socioambientais” debaterá os aspectos que envolvem a política nacional de meio ambiente, especificamente em relação ao zoneamento agrícola e às formas de colheita e destinação da matéria-prima. O grupo ainda não tem liderança definida.
As atribuições do grupo de “Bioeletricidade”, que será coordenado pelo setor industrial, também não ficaram definidas na reunião. Já o grupo de “Regulação e Abastecimento”, que será presidido pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), vai tratar da questão do etanol e envolverá produção, distribuição e comercialização dos produtos.
Para o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, Alexandre Lima, a expectativa é de que o setor avance e defina ações que fortaleçam o segmento produtivo. “Como a Câmara foi reformulada e está com uma representação bem mais enxuta acho que, desta vez, avançaremos mais no sentido de não apenas propor soluções, mas viabilizá-las”.
Para o presidente da Asplan, Raimundo Nonato, a criação dos grupos contribuirá para que o setor avance. “Vamos debater a questão ambiental, econômica, energética, além de nos atermos a elaboração de políticas públicas, com a ativa participação governamental que é imprescindível nesse processo, com vistas à viabilização econômica e a sustentabilidade do setor, que envolve tanto os produtores, quanto os industriais de todo o País”.
Os resultados dos grupos de trabalho serão apresentados na próxima reunião da câmara, prevista para novembro. Segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, “é importante a harmonização em toda a cadeia, tanto de produtores, exportadores, indústrias e consumidores e a formação destes grupos de trabalho já é um primeiro passo neste sentido”.
