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Grupos do Nordeste confirmam opção pelo Centro-Sul

No dia 10 do mês passado, o Grupo Tércio Wanderley lançou a pedra fundamental de uma nova unidade em Limeira do Oeste, em Minas Geais, nas proximidades com o Mato Grosso do Sul. É o terceiro investimento do grupo de Alagoas na região Centro-Sul nos últimos dez anos, e vai consumir investimentos próximos a R$ 60 milhões, devendo entrar em funcionamento na safra 2005/06. A nova unidade produtora vai gerar 400 empregos diretos na usina e 1,2 mil no campo, produzindo inicialmente apenas álcool, mas devendo incorporar a produção de açúcar até o quarto ano de funcionamento.

Um dos diretores do grupo empresarial, Maurício Wanderley, explica que o novo investimento é resultado da política de expansão das atividades, iniciada em 1994 com a instalação da filial de Iturama (MG), tendo continuidade com a filial de Campo Florido, no Triângulo Mineiro. “No Nordeste não temos como mais expandir e, além disso, encontramos no Centro-Sul melhores condições de produção e maior proximidade de novos centros consumidores, o que nos faz continuar investindo”, afirma Maurício Wanderley.

No total, já são mais de 40 unidades de grupos produzindo açúcar e álcool em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. Para a safra 2.004/05 os investimentos previstos por muitos desses grupos demonstra a consolidação da expansão regional. Os grupos Carlos Lyra e João Lyra, de Alagoas, anunciam investimentos no Triângulo Mineiro acima de R$ 100 milhões na instalação de novas unidades e expansão das usinas já existentes.

O Grupo Carlos Lyra, com duas unidades no Triângulo Mineiro, em Delta e em Conceição das Alagoas, atua na sua capacidade máxima. No mês passado, o conglomerado anunciou que está definindo um novo município para a implantação de uma terceira unidade na região, o mesmo acontecendo com o Grupo alagoano João Lyra, com duas filiais Laginha no Triângulo Mineiro.

“A previsão é de recebermos investimentos perto dos R$ 400 milhões no próximo ano”, afirma o presidente do Sindaçúcar/MG (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Minas Gerais), Luiz Custódio Cotta Martins. Com os investimentos nordestinos, ele prevê 21mil novos empregos nos próximos 4 anos (hoje são 40 mil).

No Estado de São Paulo o Nordeste também planta investimentos. O Grupo Toledo se prepara para colocar em funcionamento na safra 2005/06 a Destilaria Ibéria, depois de comprar a Destilaria Gantus, desativa há 13 anos em Borá, região de Presidente Prudente (SP). “O Nordeste está saturado para investimentos em novas unidades e, além disso, estamos encontrando em São Paulo melhor topografia, clima e qualidade de solo”, afirma Alberon Toledo, diretor-superintendente da Sumaúma (Marechal Teodoro – AL), do Grupo Toledo.

Leia na edição de janeiro do JornalCana Nordeste reportagens sobre os investimentos que estão fazendo as usinas e destilarias nordestinas e ainda qual política de atuação das entidades representativas.

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