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Grupo USACUCAR revoluciona gestão industrial com software de otimização em tempo real

 

Um sistema que gerencia e otimiza em tempo real toda a planta de açúcar e etanol, incluindo o balanço de vapor e energia, conquistou a USACUCAR, quinto maior grupo em moagem de cana de açúcar no Brasil e o maior produtor do estado do 191

 

O Grupo USACUCAR foi o primeiro a implementar o S-PAA, uma tecnologia considerada uma revolução no gerenciamento industrial de usinas. A suíte denominada S-PAA possui três módulos principais: de gerenciamento e otimização de energia; de gerenciamento e otimização do processo produtivo; e o de laço fechado.

Os dois primeiros módulos fornecem soluções que permitem ganhos econômicos quando comparado à condição atual. São mudanças sutis, por exemplo, na pressão e temperatura das caldeiras, gerenciamento da carga dos turbo-geradores, gerenciamento do consumo de insumos, melhor uso da extração e contrapressão nos geradores, melhor aproveitamento do vapor de processo, etc.

O terceiro módulo já permite que alguns “set points” sejam alterados automaticamente pelo sistema, agilizando as implementações propostas e estabilizando o processo em um novo patamar de rentabilidade.

Avesso à “inovação por inovação”, o Grupo USACUCAR comprou o projeto do S-PAA exatamente pela importância estratégica e pelos resultados econômicos. “Para sermos mais eficientes em um mundo competitivo, qualquer detalhe que traga ganhos precisa ser buscado. Neste sentido, o software S-PAA assume fundamental importância pois interliga todo o processo visando o máximo aproveitamento industrial.”, afirma Wilson José Meneguetti, diretor executivo da unidade Terra Rica.

O responsável pelo projeto de implementação do software no Grupo USACUCAR foi Sérgio Galinari, gerente de TI, o qual concedeu entrevista exclusiva ao JornalCana.

JornalCana – Onde o S-PAA se encaixa na estratégia do Grupo?

Galinari – Temos o S-PAA como uma ferramenta de tomada de decisão. Ele é isso. Na medida em que o operador acompanha e enxerga o que tem que ser feito, são emitidos alertas e o sistema, com as lógicas pré-estabelecidas, recomenda algumas atuações para que o processo apresente a melhor performance dentro das metas de produção.

Do ponto de vista gerencial, solicitamos agregar a função de ‘historizador’ ao sistema, permitindo aos gerentes tomar conhecimento do que ocorreu em cada momento, analisando os motivos pelos quais o operador não atuou diante de cada recomendação.

E a informação chega em todos os níveis de gestão. A partir de um extrato de dados do S-PAA, elaboramos um relatório diário para a diretoria que inclui números como consumo e economia de vapor e demais eficiências operacionais.

Mesmo sendo um grupo discreto em termos de inovações tecnológicas, no caso da otimização em tempo real vocês assumiram o papel de vanguarda. Como foi o desenvolvimento do S-PAA?

O Grupo oferece espaço para novas tecnologias. Exemplo disso é que toda parte agrícola é georreferenciada; e em algumas unidades 85% da nossa colheita mecânica já é feita com piloto automático. Somos um grupo com 10 unidades e aqui toda inovação, ainda que seja desenvolvida em uma primeira unidade, tem ser estudada para ser adotada nas demais.

Nosso negócio é açúcar, álcool e energia elétrica e não tecnologia. E em se tratando de tecnologia da informação, como é o caso do software S-PAA, o foco é usá-la para conferir confiabilidade, agilidade e estabilidade ao processo, além do retorno econômico.

Como o projeto do S-PAA foi apresentado à Santa Terezinha?

Nossa história com a Soteica começou em 2008 com uma conversa entre o Douglas (engenheiro da Soteica) e o nosso presidente, Sidney Meneguetti, na época diretor da unidade Iguatemi.

Feito isso, fizemos um projeto com a unidade Tapejara, que era a maior do grupo e naquele momento uma das unidades mais automatizadas, porque entendíamos que a automação era necessária para o projeto. Hoje sabemos que a automação não é fundamental, pois o S-PAA busca as informações em qualquer fonte de dados.

Nosso objetivo inicial foi a eficiência energética por isso implantamos o Visual Mesa (software que deu origem ao S-PAA). Como vendemos excedentes de eletricidade, então quanto melhor utilizar o vapor, mais energia pode ser vendida ou sobrar mais bagaço.

Como foi a aceitação da equipe da indústria à implementação do S-PAA?

Quando se ganha confiança no projeto e nos colaboradores que fazem parte dele, que se convenceram que a solução é boa, então você entra numa espiral de êxito. Fomos apresentando os resultados para a diretoria o que serviu para consolidar o S-PAA no Grupo, deixando claro às unidades que estavam iniciando a implementação de que, se o trabalho fosse feito corretamente, os resultados seriam positivos. A unidade que já operava com a ferramenta há dois anos continuava apresentando resultados cada vez melhores.

E quanto ao futuro, quais são suas expectativas para o S-PAA?

A solução está mais do que consolidada, ainda que não seja uma solução estática. Na medida em que são incorporados e utilizados novos recursos, a equipe aprende a lidar e questionar a ferramenta e vai procurando sempre extrair mais resultados.

Hoje, se tirássemos o S-PAA das unidades, haveria um vácuo no gerenciamento industrial já que nossa equipe se acostumou a trabalhar com os resultados. Aliás, levamos o S-PAA a um passo além: na safra passada o sistema passou a atuar diretamente nos principais set points na unidade Terra Rica. Enfim, consideramos nossa parceria com a Soteica bastante consolidada e de um relacionamento fácil. Nosso nível de satisfação é bastante grande!

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