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Grupo São Martinho deverá colocar nova unidade em operação em 2008

O Grupo São Martinho, um dos maiores do país, vai investir aproximadamente R$ 550 milhões para montar uma usina de álcool que será o “estado da arte” na produção de energia renovável quando iniciar sua operação, em maio de 2008. Até a safra 2006/2007 foram gastos aproximadamente R$ 100 milhões e o restante será investido até 2010. A Usina Boa Vista, que será instalada em Quirinópolis, em Goiás, já tem 100% dos equipamentos contratados para a primeira fase e está inteiramente voltada para produção de etanol. A nova unidade do grupo vai gerar mais de mil empregos diretos e outros milhares de postos indiretos de trabalho.

No primeiro ano de operação, que será na safra 2008/09), a usina Boa Vista moerá aproximadamente 1,2 milhão de toneladas de cana, alcançando 3,4 milhões na safra 2010/11. Com isso, na primeira safra a usina produzirá cerca de 112 milhões de litros de etanol, gerando receita bruta de aproximadamente R$ 9,4 milhões com a comercialização de energia. Depois de três anos, a produção deve saltar para quase 322 milhões de litros, gerando uma receita bruta de cerca de R$ 31 milhões. A estimativa aponta para geração de 46MW de energia na safra 2010/11.

Quando todas as etapas da Usina Boa Vista estiverem concluídas, a capacidade de moagem poderá atingir 7 milhões de toneladas, o que representa aproximadamente 108 MWh de capacidade disponível para comercialização.

A geração de energia em caldeiras a partir do uso da biomassa pode ser a solução para o déficit de 1,4 mil megawatts de energia projetado pelo governo para 2011. “Temos um potencial de adicionar aproximadamente R$ 71 milhões diretamente ao nosso EBITDA com a modernização das plantas das Usinas São Martinho e Iracema, considerando o preço da energia a R$ 140,00/MWh”, disse o diretor-financeiro e de Relações com Investidores da São Martinho, João Carvalho do Val, em reunião pública com investidores e analistas na tarde desta segunda-feira (26/11), em São Paulo.

A Usina Boa Vista firmou um contrato de 30 anos com a Mitsubishi Corporation para venda direta de 30% da produção, na forma de álcool industrial para o Japão. Outra vantagem competitiva da Boa Vista é a logística. O álcool produzido poderá ser transportado para a Região Sudeste, em barcaças, pelos rios Paranaíba, Paraná e Tietê, por rodovias ou através do álcooldutos. A Usina Boa Vista deve gerar 130 mil toneladas de crédito de carbono nos próximos sete anos, contribuindo para a redução de gases poluentes no planeta.

Em apresentação feita aos investidores e analistas de mercado no dia 26 de novembro, o diretor de relações com o mercado, João do Val, destacou que o grupo também está avançado em relação à colheita mecanizada, com 73% do total processado pelo grupo. A vantagem neste sentido é que boa parte das terras do grupo é plana, o que permite um melhor aproveitamento da mecanização.

O grupo possui ativos de quase R$ 1 bilhão em terras em regiões super valorizadas no Brasil.

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