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Grupo pede revisão do Consecana

Alegando que os atuais custos de plantio e de manutenção dos canaviais têm dificultado a vida do fornecedor de cana, um grupo independente de produtores da região de Ribeirão Preto, SP reuniu-se em agosto, em Jardinópolis, SP, para discutir a questão e reivindicar mudanças na composição do Consecana. A reivindicação tem apoio de Antônio Celso Cavalcanti, presidente da Feplana – Federação dos Produtores de Cana do Brasil. “Do jeito que está o fornecedor vai quebrar”, diz Cavalcanti.

Os fornecedores estão insatisfeitos com o método de pagamento de cana praticado no Estado e reivindicam que sejam agregados em sua composição negócios como bagaço, torta, KWA, vinhaça, crédito de carbono e outros subprodutos, “que hoje fazem com que o álcool e o açúcar não estejam sozinhos no bom resultado financeiro das indústrias”, afirma o fornecedor Chafi Nader.

O presidente da Canaoeste/Orplana, Manoel Ortolan, disse durante a reunião que o sistema vai continuar evoluindo, ainda que negócios ligados ao bagaço, torta e vinhaça não sejam atualmente remuneradores. “O bagaço ainda não é um negócio certo nas unidades. Apenas 20% da usinas estão cogerando energia. Fica difícil para os pequenos produtores investirem na aplicação de vinhaça e torta na lavoura, mas poderemos fazer um levantamento”, afirmou Ortolan.

Cleber Moraes, que também participou da reunião, explicou que a cogeração de energia representa 4,5% do faturamento de uma usina, onde o fornecedor receberia R$ 0,06 centavos por tonelada de cana. Um dos participantes disse após a reunião que não importa o valor, mas deve ser repassado ao produtor. “Não podemos ter mais prejuízos, imagine um produtor de 10 anos, quanto perdeu”.

O produtor Luis Marino Mariani disse que os fornecedores são prejudicados por especulações de estocagem e de super safra. “Deveriam existir mecanismos de defesa para os fornecedores porque muitos industriais anunciam uma super safra, daí o mercado trabalha com grande oferta, os custos do CCT aumentam e o fornecedor fica com o prejuízo”.

Chafi Nader afirmou que as altas nos preços de adubos, herbicidas, CCT têm dificultado a vida do produtor. “Enquanto estamos nos preocupando com qualidade, buscando e investindo em novas tecnologias, os custos sobem e o resultado financeiro piora a cada ano. Será que teremos que arrendar nossas terras?”, questionou Nader.

Confira matéria completa na última edição do JornalCana.

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