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Grupo Nova América investe no MS

Construção de nova usina tem por objetivo diversificar áreas de atividade e reduzir riscos. O Grupo Nova América, líder no mercado interno de açúcar e um dos cinco maiores no setor sucroalcooleiro anunciou ontem investimento de R$ 900 milhões para a construção de sua terceira usina de produção de açúcar e álcool. A nova unidade será em Caarapó, no Mato Grosso do Sul, e deve processar 4 milhões de toneladas de cana. Num momento em que os preços do açúcar estão em queda acelerada nas bolsas internacionais, com redução de 42,8% na Bolsa de Nova York, em relação ao pico ocorrido em 2 de fevereiro (ver matéria abaixo), quando o preço da commodity no contrato 11 alcançou 19,02 centavos de dólar a libra peso, a empresa mantém seus planos. “Todos os nossos projetos levam em conta a média dos preços, uma vez que os investimentos são voltados para o longo prazo, afirmou ontem o diretor do Grupo Rezende Barbosa, Alberto Asato.

A decisão de expandir as atividades para fora do estado de São Paulo obedece a uma estratégia de diversificação das áreas de atuação. Com isso, a empresa reduz os riscos relativos ao clima e sanitários, explicou Asato. “Esse é mais um passo da Nova América para consolidar sua expansão nos mercados interno e externo”, afirma o presidente do Grupo Nova América, Roberto de Rezende Barbosa.

A nova usina começa a ser construída dentro de um ano e começa a operar na safra 2009/10 quando irá moer 1 milhão de toneladas de cana-de-açúcar. Até 2017, a previsão é que a Nova América processe 4 milhões de toneladas da matéria-prima por ano, em Caarapó. O projeto prevê que a nova unidade produzirá 330 mil toneladas de açúcar e 130 milhões de litros de álcool ao ano. A produção será voltada aos mercados interno e externo.

A instalação da usina da Nova América em Caarapó terá grande impacto na região. O projeto depois de executado deverá ocupar 70 mil hectares, dos quais 55 mil ocupados com lavouras de cana-de-açúcar. Essa área corresponde a um terço do total do município, informou Asato. O efeito sobre a região será positivo, uma vez que deverá contribuir para movimentar a economia local e para a criação de 1.175 empregos na sua etapa final, divididas em área agrícola, industrial e administrativa e RH, e acontecerá em três fases, segundo informação da empresa. Na etapa inicial do plantio, a constituição de viveiros, que começa neste mês e deve durar cerca de 40 dias. Para esse processo, foram contratadas 170 empregos. A colheita está prevista para 2009 quando a usina entra em operação.

Produtividade

A empresa espera alcançar no Mato Grosso do Sul o mesmo volume de ATR (Açúcar Total Recuperado) obtido em suas duas outras usinas paulistas. “A produtividade em volume de cana pode ser menos, mas para nós o importante é o índice de ATR por hectares”. Essa meta deverá ser alcançada em decorrência do regime favorável de chuvas, o que inclui a incidência pluviométrica, bastante adequada ao cultivo de cana, declarou Asato.

Os planos de produzir cana própria numa proporção de 70% das necessidades da usina e pelo regime de parceria para os 30% restantes, segundo informou o diretor do Grupo Rezende Barbosa.

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