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Grupo Moreno encerra safra na próxima semana moendo 9 mm de ton

Companhia teve plano de recuperação judicial aprovado na última sexta-feira (13)

Grupo Moreno encerra safra na próxima semana moendo 9 mm de ton

O Grupo Moreno se prepara para encerrar a safra 20/21 na próxima semana, processando 9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, moagem pouco acima da última temporada. A produção de açúcar será de 13,8 milhões de sacas do alimento e a de etanol ficará em 365 mil m³.

“Estamos moendo mais do que estimamos inicialmente, devido a um aumento da cana de fornecedores, fruto da confiança no Grupo Moreno”, afirma a empresa. O volume de açúcar mais que dobrou comparado à safra passada, quando a companhia produziu somente 5,4 milhões de sacos. A mudança do mix no início da safra foi feita em função da melhora do mercado de açúcar e da queda da demanda de combustíveis por conta do isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19.

Com o final da safra, o Grupo Moreno segue firme com a perspectiva de um futuro promissor. A companhia teve seu plano de recuperação judicial aceito na última sexta-feira (13), em Assembleia Geral de Credores, que durou mais de oito horas.

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O plano, que deverá ser homologado pela Justiça, foi aprovado por 97,66% dos credores trabalhistas; 100% dos credores com garantia real; mais de 95% dos credores quirografários; e mais de 83% dos credores micro e pequenas empresas. Estavam presentes na assembleia cerca de cem representantes dos mais de sete mil credores.

“A proposta aprovada pelos credores prevê o pagamento de R$ 900 milhões em até 24 meses, acrescido de mais R$100 milhões, nos doze meses seguintes, compondo assim um pagamento total de R$1 bilhão aos credores concursais e extraconcursais em até 3 anos”, explica a advogada Fabiana Solano, sócia das áreas de Contencioso e Arbitragem, Recuperação Judicial, Insolvência e Reestruturação, do Felsberg Advogados.

De acordo com a advogada, para fazer frente ao pagamento desses valores, o Grupo Moreno poderá se valer de novas captações de recursos, alienar participação societária e outros ativos, ou deverá ainda vender até duas das suas usinas no prazo de até 24 meses para quitação das dívidas.

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Grupo tem três unidades no interior de SP

A maior parte dos débitos é composta por credores bancários que juntos concentram aproximadamente R$ 1,8 bilhão. O restante está dividido em credores trabalhistas (aproximadamente R$ 21 milhões), quirografários – credores que não desfrutam de nenhuma preferência ou possuem garantias de pagamento da dívida (cerca de R$ 200 milhões), e ME/EPP – Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte (cerca de R$ 15 milhões).

Formado pelas empresas Central Energética Moreno Açúcar e Álcool Ltda. (CEM), Central Energética Moreno de Monte Aprazível Açúcar e Álcool Ltda. (CEMMA), Coplasa – Açúcar e Álcool Ltda. (Coplasa), Agrícola Moreno de Luiz Antônio (AMLA), Agrícola Moreno de Nipoã Ltda. (AMN) e Planalto Bioenergia Spe Ltda., o Grupo Moreno teve o pedido de RJ aprovado em setembro de 2019.

O plano de recuperação judicial foi apresentado nos autos em novembro do mesmo ano e vem sendo negociado com os credores desde então. As dívidas da empresa giram em torno de R$ 2,3 bilhão. O grupo tem capacidade de moagem de 13 milhões de toneladas de cana e é um dos maiores do Estado de São Paulo.

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Somente as três unidades (CEM, CEMMA e COPLASA) geram aproximadamente 10 mil postos de trabalhos diretos e indiretos na safra e são localizadas nas regiões de São José do Rio Preto e Ribeirão Preto no interior de São Paulo.

Segundo Fabiana, além das empresas, o pedido de RJ inclui os produtores rurais José Carlos Moreno, B. Carlos Alberto Moreno, C. Adélia Sartóri Moreno, D. André Luís Moreno, E. Andréia Cristina Moreno Theodoro, F. Luciana Moreno Sorroche, G. Márcia Antônia Moreno Ferreira, H. Maria de Cássia Moreno Sala e Vera Lúcia Jayme Moreno. “O Grupo Moreno é composto por sociedades limitadas dedicadas à plantação de cana-de-açúcar e à produção de açúcar e etanol; além da geração e comércio atacadista de energia elétrica”, explica a advogada.

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