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Grupo Jaraguá fará aporte de R$ 430 mi no Estado de Goiás

O Grupo Jaraguá(Bionsa e Onasa) investirá aproximadamente R$ 430 milhões, até 2014, na diversificação de seus negócios e instalação de um parque industrial no estado de Goiás. Uma das unidades, a Bionasa, produtora de biodiesel, foi inaugurada ontem. Ao mesmo tempo o grupo lançou a pedra fundamental da esmagadora de grãos Onasa, que deve ser concluída até 2014. O grupo espera faturar com as duas empresas algo em torno de R$ 1,5 bi.

Com atuação nos mercados de tabaco e energia limpa, o Grupo Jaraguá está confiante no lançamento de duas empresas do Grupo, a Bionasa, usina de biodiesel, que utilizará vegetais oleaginosos como soja, girassol, algodão para produzir o combustível. E a Onasa, esmagadora de grãos que estará no mesmo complexo industrial da co-irmã, em Porangatu, no norte de Goiás.

A Bionasa inaugurou ontem a sua unidade de produção, com investimentos na ordem de R$ 150 milhões. Esta unidade t erá a capacidade de produzir 235 milhões de litros por ano de biodiesel, sendo que inicialmente as operações serão baseadas na soja. Segundo o presidente executivo da empresa e sócio do Grupo Jaraguá, Francisco Barreto, essa diversificação de negócios partiu do intuito de aproveitar as oportunidades do mercado brasileiro, que já demonstrou uma demanda crescente pelo combustível. “Nós não estamos mudando o foco do grupo, estamos apenas dando abertura para novos projetos. A área de tabaco continua ativa e vai bem, mas estamos diversificando nosso negócio dada a necessidade do mercado. Ou seja, nós temos um mercado que demanda mais e mais energia a cada dia. O Brasil está sendo importador de óleo diesel cada vez maior, então estamos aqui para fazer isso”, contou ele com exclusividade ao DCI.

No início das atividades, a usina irá operar a 20% da sua capacidade total durante os três primeiros meses, 60% em mais três meses, e somente após nove meses ela poderá operar em sua capaci dade máxima. “Quando se compra um carro novo você não sai dirigindo 50 mil quilômetros no mesmo dia, pois o motor não aguenta, e na usina é a mesma coisa, nós temos de colocá-la para funcionar gradualmente e após nove meses ela já pode operar 100%”, disse.

Barreto acredita que depois de a usina atingir a sua capacidade máxima, em um ano o grupo deve faturar algo em torno de R$ 600 milhões, fato que deve acontecer em 2012. Além disso, o executivo afirmou que após 2014 a usina deve passar por um processo de ampliação. “O projeto da Bionasa foi o primeiro a surgir, e agora estamos inaugurando ela. Levamos três anos para construí-la. Ela possui uma capacidade de expansão de aproximadamente 30% da capacidade atual instalada. Em um segundo momento nós temos a intenção de expandi-la, acredito que a expansão ocorrerá logo após o término da Onasa, que deve acontecer em 2014.”

O parque industrial está localizado entre a Rodovia Belém-Brasília, e o trecho ferroviário da Norte-S ul, que para o executivo foi a maior razão para a escolha da localidade. “O parque industrial está em Porangatu no norte de Goiás, na margem da Rodovia Belém-Brasília, e ao fundo passa a ferrovia Norte-Sul, que já está praticamente pronta naquela região. Com esta rodovia e a estação de transbordo da ferrovia temos uma logística muito privilegiada”.

Mais investimentos

O grupo Jaraguá lançou a pedra fundamental para a unidade esmagadora de grão no mesmo complexo em Goiás. Para essa instalação, a empresa espera investir R$ 280 milhões, com a data de conclusão para o ano da copa do mundo. “A Onasa tem o triplo do tamanho da Bionasa, com 35 hectares. As duas empresas juntas devem gerar cerca de 400 empregos diretos e mais de 6 mil indiretos. Vai chover currículo aqui”, brincou Barreto. A esmagadora que servirá como base de matéria-prima para a usina de biodiesel da companhia terá a capacidade de processar 1 milhão de toneladas de grãos por ano, e também irá operar inicialmen te com soja. “Essa é uma empresa que deve faturar quando instalada a sua capacidade máxima cerca de R$ 900 milhões por ano. Somente na Onasa investiremos R$ 280 milhões. Podemos até atrair investidores para os projetos, entretanto o capital principal é brasileiro, até para mantermos a nossa liderança no projeto”, completou e empreendedor.

Novos projetos

Mal os dois projetos entraram em funcionamento e Barreto já prepara outros estudos para investimentos futuros, desta vez a ideia é construir uma oleoquímica, com base em óleos vegetais, para a produção de plásticos, sabão entre outros. “A gente fica contando essas coisas e o pessoal acha que é mais um maluco no mercado, mas temos uma ideia futura bastante interessante, a respeito da construção de uma oleoquímica, com óleos naturais, para fabricar derivados de plásticos com óleos naturais, ela será uma base de matéria-prima. Cada caso é um caso e isso deve acontecer após 2014”, finalizou ele.

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