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Grupo de sem-terra desocupa área de usina desativada no Sul de Minas

Famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra que ocupavam a área de uma usina de cana de açúcar desativada em Campo do Meio, no Sul do Estado, deixaram o local nessa segunda-feira (18). Muitas crianças entregaram flores para os policiais e mostraram cartazes pedindo paz e apenas um pedaço de terra.

As cerca de 150 famílias viviam no local há 11 anos e foram despejadas por meio de um mandado de reintegração de posse determinada pela Justiça de Minas Gerais. O prazo para que os sem-terra deixassem a usina venceu às 24h de domingo.

Cinquenta pessoas ameaçaram não deixar a usina e houve princípio de tumulto. Tratores foram usados para destruir as plantações feitas pelos trabalhadores sem terra.

Segundo o assessor da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frei Gilvander Luís Moreira, o despejo foi feito de forma “truculenta”. O Frei afirmou ainda que Jos é Inocêncio, um Sem Terra, foi preso, porque insistiu em recolher um saco de mandioca para levar antes que o trator da polícia destruísse o mandiocal.

Parte das famílias se refugiou em outros acampamentos do MST no latifúndio da ex-Usina Ariadnópolis. A maioria foi acolhida no Assentamento 1º do Sul, na ex-fazenda Jatobá, também em Campo do Meio.

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