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Grupo Antônio Farias investe R$ 100 milhões no Acre

Usinas previstas para a região poderão abastecer o mercado externo, sobretudo o Japão. O Grupo Antônio Farias, de Pernambuco e que atua há quatro décadas no setor sucroalcooleiro, está expandindo suas fronteiras para o Acre, depois de ter chegado ao Centro-Oeste (Goiás) e Sudeste (São Paulo). O solo adequado e grande oferta de mão-de-obra são a base com que conta o grupo pernambucano para dobrar o plantio de cana-de-açúcar destinada à produção de álcool e, ao mesmo tempo, gerar energia, por meio da biomassa em terras acreanas. O investimento inicial é de R$ 100 milhões.

Localizada no município de Capixaba, há 60 quilômetros de Rio Branco (AC), a usina Álcool Verde vai gerar inicialmente, a partir de 2008, 50 megawatts (MW), com a utilização do bagaço de cana, na primeira etapa, e na segunda, cavacos de madeira. Com isso, o grupo Farias planeja, a curto prazo, entrar no mercado de créditos de carbono.

A usina Álcool Verde é a primeira das três programadas para o Acre. O grupo já iniciou o plantio de cana-de-açúcar numa área de 60 mil hectares. Na safra inicial, a expectativa é de uma produção de 45 milhões de litros de álcool. No auge da produção, em 2011, poderá chegar a 270 milhões de litros.

Segundo Eduardo Farias, presidente do grupo, um dos maiores desafios nesse novo projeto é formar mão-de-obra qualificada para o corte da cana. “A topografia do local permite a mecanização da colheita, mas a nossa idéia é gerar emprego na região”, diz.

A idéia do grupo é, futuramente, utilizar a ligação do Brasil com o Oceano Pacífico, por meio da rodovia que está sendo construída entre o Acre e o Peru – a Interoceânica Sul -, para exportar álcool aos países da Ásia, principalmente para o Japão. “Hoje, a logística de distribuição é um diferencial para quem quer se manter competitivo no mercado. Com a usina no Acre, teremos acesso a duas saídas, uma pelo Pacífico e a outro para o Atlântico, que escoará a produção de nossas usinas no Centro-Oeste. Isso nos garante um diferencial”, explica o empresário.

Em todos os projetos no Acre serão investidos cerca de R$ 420 milhões, com a perspectiva de geração de até 3,5 mil empregos diretos contando com a participação de assentados. As perspectivas de crescimento para o consumo de álcool na região e para a exportação já levaram o grupo a reservar, junto ao governo do Estado, novas áreas para o plantio de cana.

No Nordeste, o grupo processa 5,8 milhões de toneladas, o que garante uma produção de 7,6 milhões de sacas de açúcar e 265 milhões de litros de álcool. Em Goiás são duas usinas em operação – no municípios de Turvânia e Goiatuba – e outras três serão iniciadas em janeiro de 2007. Para essa região a estimativa de produção é de 12 milhões de toneladas de cana, sendo que a cogeração através do bagaço, vai gerar, no início de 2007, 30 megawatts (MW) de energia.

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