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Grupo Albertina constrói sua terceira usina em SP

O Grupo Albertina, de Sertãozinho (SP), expande sua atuação no interior. Dono de duas usinas, o grupo investe R$ 100 milhões na terceira unidade, em Pirapozinho, na região de Presidente Prudente (SP), a mais de 500 quilômetros da sua sede. A expansão faz parte do movimento do setor sucroalcooleiro na ocupação de terras no Oeste e no Noroeste paulista, região conhecida como a “Última Fronteira da Cana”.

Além do Albertina, pelo menos outras 20 usinas devem se instalar na região até 2010.

A nova usina, que deve iniciar as operações na safra de 2007/2008, vai se tornar a segunda unidade da Albertina na região, que possui desde 2003 uma destilaria de álcool no município de Narandiba.

O investimento vai gerar 1,5 mil empregos diretos na região. Os recursos, que serão obtidos por receitas próprias e financiamentos do BNDES, serão divididos em 70% para instalação industrial e 30% para a área agrícola.

De olho na arrecadação que a usina vai trazer, os políticos de Pirapozinho travam uma briga com os de Sandovalina, cidade vizinha, que também quer sediar a usina. A alegação é que a fazenda Boa Vista, que tem mais de 5 mil hectares e abrange os dois municípios, onde a usina será instalada, tem sede em Sandovalina. Por isso, entendemos políticos, os recursos provenientes dos impostos ficariam naquele município.

Mas um levantamento feito por satélite constatou que a área de 350 hectares onde a usina será construída fica mesmo em Pirapozinho. A presidente do Grupo Albertina, Viviane Carolo, evita comentar o assunto. “Eles devem resolver isso no bom senso; o mais importante é que as vantagens do investimento serão em benefício de toda a região, e não apenas de uma cidade”, desconversa.

Viviane diz que a usina vai atingir, numa primeira fase, capacidade para moer 1,5 milhão de toneladas de cana, mas iniciará as atividades em 2007 com o processamento de 700 mil toneladas, suficientes para produzir 65 milhões de litros de álcool.

“Inicialmente, vamos produzir só álcool, depois passaremos para a produção de açúcar”, diz. Quando isso ocorrer, em 2010, a usina estará com25 mil hectares de plantações de cana em parceria com agricultores da região.

Atualmente, as plantações atingem 2,8mil hectares.

A dificuldade, por enquanto, segundo Viviane Carolo, é conseguir mão-de-obra suficiente. “Estamos treinando mão-de-obra porque, ao contrário de Sertãozinho, há falta de trabalhadores nessa região”, diz.

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