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GraalBio anuncia primeira planta de etanol celulósico do Hemisfério Sul

A GraalBio, empresa de soluções em biotecnologia industrial do Grupo Graal, anuncia seu plano de investimentos no Brasil para produção de etanol de segunda geração e de bioquímicos. Os projetos incluem:

Construção de uma planta comercial de etanol celulósico pioneira no Brasil, com papel complementar ao das usinas de primeira geração; Instalação de uma Estação Agrícola Experimental para desenvolvimento de novas variedades de cana com alto teor de fibras; Construção de uma Planta Piloto para desenvolvimento de rotas bioquímicas; Implantação de um Centro de Pesquisas para desenvolvimento de Organismos Geneticamente Modificados para produção de Bioquímicos e Biocombustíveis;

A primeira planta em escala comercial de Etanol Celulósico da GraalBio será a primeira do Hemisfério Sul e está entre as primeiras já anunciadas no mundo.

A primeira unidade brasileira de etanol celulósico será construída em Alagoas e utilizará, inicialmente, bagaço e palha de cana como matérias-primas, com o tempo substituída por cana energia. A biorrefinaria poderá funcionar em cooperação com usina de primeira geração localizada no Estado. A Companhia entende que o modelo associativo é uma opção porque há complementaridade de eficiência operacional com usinas de primeira geração, com ganhos de sinergia para ambas as partes. Com investimento de R$ 300 milhões, a planta comportará capacidade de produção nominal de 82 milhões de litros de etanol.

O bagaço e a palha da cana oferecem potencial para ampliar a fabricação nacional de etanol na atual capacidade instalada em mais de 35%, se apresentando como solução potencial para o déficit anual de 1 bilhão de litros. Tudo isso sem investimentos adicionais em terras ou competição com a produção de alimentos. A GraalBio vislumbra uma solução limpa e viável economicamente para maximizar a produtividade e a competitividade do etanol brasileiro.

A instalação de uma Estação Experimental ampliará o potencial para o desenvolvimento dos Bioquímicos no Brasil através do desenvolvimento de um novo tipo de biomassa, conhecida como Cana-Energia. A Cana Energia será desenvolvida através do cruzamento de variedades ancestrais de cana com tipo selecionados de capim, produzindo um híbrido com baixo teor de açúcar, alto teor de fibras e elevada produtividade por hectare. A combinação destes fatores, na avaliação dos técnicos da empresa, deverá produzir a biomassa mais competitiva do mundo. A estação experimental, localizada em Alagoas, terá até o final do ano cultivado 100.000 (cem mil) plântulas oriundas do cruzamento de diversos germoplasmas diferentes, e efetuará um processo de melhoramento contínuo até o atingimento da produtividade alvo de 100 toneladas de massa seca por hectare.

O Brasil oferece as melhores condições para desenvolvimento e produção de biomassa, o que coloca o País como candidato potencial a protagonista da próxima revolução biotecnológica que se desenha nos próximos anos, a partir da conversão direta de celulose em açúcar industrial, bioquímicos e biocombustíveis avançados, a começar pelo etanol de segunda geração.

A GraalBio acredita que dispõe do melhor ambiente para liderar essa corrida. O fato de ser precursora na geração do etanol celulósico em escala industrial, antecipando as previsões da própria indústria, reflete a visão da Companhia de que a segunda ‘revolução industrial’ passa necessariamente pelo avanço da biotecnologia interligado à genética. Este pensamento está sendo incorporado ao negócio, a partir de uma plataforma tecnológica inovadora e sem precedentes.

Tecnologia de ponta

A GraalBio acredita que o advento das tecnologias de processamento de segunda geração ampliará a produção da capacidade instalada do setor sucroalcooleiro, por meio do uso do bagaço da cana e sobras de eucalipto utilizadas pela indústria de papel, criando, por exemplo, nova dinâmica para estes setores. Neste contexto, a plataforma tecnológica da companhia está baseada em alianças com empresas detentoras de tecnologias de ponta – para transferência ou co-desenvolvimento – lançadas nos centros de pesquisa mais avançados do mundo.

Para antecipar a construção da primeira planta de etanol celulósico do Brasil, a GraalBio se associou à BetaRenewables e à Chemtex, afiliadas do grupo italiano Mossi&Ghisolfi, que desenvolveu uma tecnologia única de pré-tratamento e conversão de biomassa – batizada como PROESA – capaz de converter vários tipos de matéria-prima em diversos bioquímicos e biocombustíveis.

A própria BetaRenewables anunciou a construção, em Crescentino, na Itália, de uma biorrefinaria de porte semelhante de 70 milhões de litros de etanol/ano, que leva a mesma tecnologia PROESA, prevista para iniciar operações no segundo semestre de 2012. O acordo com a BetaRenawables, joint venture entre a Chemtex e a TPGBiotech, prevê aprimoramento da tecnologia no Brasil. O investimento industrial em Alagoas, no caso, é o primeiro que materializa a intenção de desenvolvimento conjunto do potencial do mercado brasileiro no segmento de etanol de segunda geração.

A unidade no Nordeste, com a tecnologia PROESA, já tem os equipamentos críticos encomendados e começará a ser construída em julho deste ano, iniciando sua produção no último trimestre de 2013. Esta tecnologia, única no mundo, utiliza o método físico de pré-tratamento (explosão por vapor), para romper as estruturas vegetais e permitir a ação de enzimas sobre as fibras de celulose. O diferencial competitivo da PROESA está baseado num conjunto de fatores, tais como:

flexibilidade para usar diferentes tipos de biomassa, sem dificuldade de modificação do equipamento; alta taxa de recuperação de celulose e hemicelulose; dispensa utilização de químicos (processo requer apenas vapor, enzimas e leveduras); baixo capex e opex; baixa degradação de açúcar e nível de contaminantes, além de baixa concentração de ácido acético; baixo consumo de energia no processo de agitação; liquefação da biomassa em tempo inferior a 8horas, com baixa carga de enzimas; facilidade de controle de PH e temperatura.

A tecnologia PROESA, portanto, simplifica e viabiliza a complexa etapa de pré-tratamento para conversão da biomassa em açúcar industrial, abrindo espaço para as etapas seguintes de hidrólise enzimática – com objetivo de quebra da celulose em moléculas de açúcar simples – e de fermentação, para transformação do açúcar em etanol celulósico. Na planta de Alagoas, os parceiros fornecedores de enzimas e de leveduras industriais são, respectivamente, Novozymes e DSM.

A Novozymes, líder mundial do segmento de enzimas, fornecerá sua mais avançada geração de enzimas para atender a planta da GraalBio em Alagoas. A DSM será responsável pelo fornecimento das leveduras geneticamente modificadas que fermentarão o etanol de segunda geração. A GraalBio considera a Novozymes e a DSM, respectivamente, os melhores desenvolvedores de enzimas e de leveduras do mundo, e tem orgulho em tê-los como parceiros.

Planta Piloto em Campinas

A GraalBio construirá também uma unidade piloto este ano na cidade de Campinas, que utilizará a tecnologia Proesa como plataforma para o desenvolvimento de novas rotas bioquímicas. Serão três linhas independentes, sendo uma para aprimorar a tecnologia de etanol celulósico e as outras duas para o desenvolvimento de rotas bioquímicas, com foco para os químicos que o Brasil atualmente importa.

A construção da planta piloto possibilitará a GraalBio ter um ativo papel como codesenvolvedora de tecnologias celulósicas e se constituirá numa importante plataforma para atração dos melhores parceiros a nível mundial.

Centro de Pesquisas com Unicamp

O Centro de Pesquisas da GraalBio será construído ainda este ano e instalado no campus da Unicamp, em parceria com a Universidade. As tecnologias a serem desenvolvidas no Centro estarão focadas na modificação genética de leveduras brasileiras, consideradas as mais robustas e eficientes do mundo, para produzir uma linhagem com capacidade de processar a matéria prima celulósica com rapidez e alto rendimento.

A GraalBio tem uma estratégia de diversificação de negócios que começa a ser implantada desde o seu nascimento. A Companhia acredita que os bioquímicos, nos quais estará focada, possuem mercado crescente no Brasil e serão mais competitivos do que a alternativa fóssil.

Sobre a GraalBio

A GraalBio é uma subsidiária do Grupo Brasileiro Graal. Sua visão é a de ser a empresa brasileira líder mundial em conversão de biomassa celulósica a partir de uma plataforma tecnológica inovadora, sem precedentes na indústria.

Agente da revolução industrial verde

A GraalBio entende que os avanços atuais da biotecnologia e da genética prometem a 2ª Revolução Industrial Verde, em que microorganismos geneticamente modificados e proteínas sintéticas substituirão as máquinas, porém dessa vez reduzindo os impactos ambientais e tornando o planeta mais seguro e limpo. A Companhia quer fazer desta visão seu modelo de negócio e, dessa forma, busca romper com paradigmas assumidos pela indústria. Assim, está estruturada em 5 frentes:

1. Formação de capital humano, criando um espaço atrativo para atrair talentos entre cientistas e empresários. “Há uma oferta de cientistas no mundo desenvolvido com poucas perspectivas em razão da atual crise econômica. O Brasil não só começa a desenvolver em quantidade e qualidade crescentes uma nova geração de mestres, doutores e pesquisadores como também reúne as melhores condições em recursos naturais para converter biomassa. A proposta da Companhia é inovar para atrair tecnologia, pessoas com conhecimento e empresariar o conjunto para exportar conhecimento e valor agregado.”

2. Construção de mecanismos e reputação no Brasil que forme um ambiente de confiança no respeito de direitos proprietários. “O reconhecimento de registro de patentes é lento e burocrático no País. As empresas devem assumir um papel precursor no risco tecnológico e no compromisso com patentes. A GraalBio pretende ser uma referência como veículo de novas tecnologias para o Brasil.”

3. Prospecção e seleção das tecnologias mais promissoras do mundo para converter biomassa. “Enquanto se aguarda o amadurecimento de tecnologias para biocombustíveis de segunda geração no Brasil, os americanos constroem hoje 29 biorrefinarias para os mais variados produtos a partir da conversão de celulose. A GraalBio está em negociações com detentores de patentes para licenciamento, compra e aplicações industriais no Brasil e buscará, no País, parceiros para co-desenvolvimento, suprimento de matérias primas e novos projetos.

4. Desenvolvimento de biomassas mais produtivas do mundo. “O Brasil tem potencial para se transformar na Arábia Saudita da biomassa de forma inconteste. É possível desenvolver novas variedades que não compitam com segurança alimentar, com gado ou com preservação de florestas e da água. A tecnologia de etanol de segunda geração pode viabilizar melhor uso da terra produtiva, dedicando mais da plantação atual para produzir açúcar e parte da terra para fabricação de etanol celulósico.

5. Eficiência empresarial. “A GraalBio quer ser uma empresa baseada em tecnologias inovadoras e na ação empresarial ágil. Como a aliança com a BetaRenewables e a Chemtex, pretende desenvolver a tecnologia PROESA para converter biomassa brasileira, atual e futura, em etanol de segunda geração, além de outras alianças para bioquímicos e biocombustíveis avançados a partir de distintas rotas e processos. Funcionará a partir de três bases de pesquisa a partir deste ano: Brasil, Eua e Itália, de onde partirá não apenas como licenciadora de novas tecnologias, mas co-desenvolvedora e co-proprietária das principais biotecnologias aplicáveis no Brasil.

Acesse mais informações da GraalBio em www.graalbio.com.

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