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Governo vai abolir queimadas na produção de cana até 2020–Minc

O governo decidiu criar uma norma para proibir a realização de queimadas na produção da cana-de-açúcar em novas áreas e acabar com essa prática nas atuais áreas de cultivo até 2020, afirmou na quarta-feira o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

A regra, que será incluída no escopo do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar, valerá apenas para as áreas onde a produção é mecanizada. Esse zoneamento, provavelmente, será anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fevereiro, disse o ministro.

Segundo Minc, a norma irá gerar uma redução de emissão de “milhões de toneladas de gás carbônico”.

“Vai haver toda uma série de estímulos para a eliminação total das queimadas, de direcionamento de crédito, facilitação de maquinário e restrições legais”, disse o ministro a jornalistas depois de se reunir com o presidente e outros ministros, acrescentando que os empresários que não cumprirem a lei poderão receber multas e ter suas plantações interditadas.

Minc revelou que haverá um cronograma a partir de 2010, quando terão de ser eliminados 20 por cento das queimadas feitas nas áreas atuais de cultivo de cana. Em 2012, a redução terá de ser de 30 por cento. Dois anos depois, metade das queimadas terá de deixar de existir, e a diminuição estipulada para 2018 é de 80 por cento.

O ministro revelou que o zoneamento definirá os 6 milhões de hectares em que a produção de cana poderá ser expandida até 2017. Atualmente, complementou, a cultura ocupa 7 milhões de hectares no país. Segundo Minc, esses 6 milhões de hectares representam pequena parcela de cerca de 40 milhões de hectares de terras cultiváveis que o país dispõe sem agredir o meio ambiente.

“A expansão da cana terá zero queimada”, afirmou o ministro. “Não haverá novas usinas em nenhuma área do bioma Amazônia, do bioma Pantanal, em áreas de vegetação nativa e em áreas protegidas”, acrescentou.

O zoneamento agroecológico também proibirá o descarte dos resíduos do cultivo da cana em rios.

“Muitas vezes usam o argumento ambiental para criar uma barreira comercial. Nosso etanol tem que ser verde”, defendeu.

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