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Governo inclui álcool em novo plano energético

O Ministério de Minas e Energia anunciou na quinta-feira um plano para garantir o abastecimento energético, por conta da crise do gás natural provocada pela decisão da Bolívia em nacionalizar os ativos de gás do país. Hoje a Bolívia é a principal fornecedora de gás natural ao Brasil.

O plano é formado por três pontos-chaves. O ponto principal é a mistura de 10% de biodiesel (produzido a partir de óleos vegetais, principalmente soja) no diesel. O programa será patenteado pela Petrobras como Hbio e demendará uma produção de 6 bilhões de litros de óleo vegetal, o que equivale a uma produção de 1,2 milhão de toneladas de soja em grão.

O governo também irá antecipar em dois anos a produção interna de gás. A perspectiva é produzir 24,2 milhões de metros cúbicos por dia do produto até 2008. O consumo atual do Brasil é de 36 milhões de metros cúbicos por dia.

O terceiro ponto consiste em utilizar álcool em termelétricas, em

substituição ao gás natural. Os primeiros testes serão feitos em

setembro, na usina Barbosa Lima Sobrinho, no Rio de Janeiro.

Representantes do setor consideram que o programa deve ser avaliado com cuidado, pois pode afetar diretamente na oferta de álcool para a frota de veículos no país. Além do álcool, o gás natural pode ser substituído por óleo diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP) e gás natural liqüefeito(GNL).

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