Mercado

Governo discute alcoolduto com setor privado

O Governo do Estado retomou as discussões para a implantação de um sistema logístico multimodal, que permitirá a complementação do transporte de etanol, por meio de dutos, até Paulínia (SP) e de lá ao porto de Caraguatatuba, de onde poderá ser comercializado nos mercados da Região Sudeste e despachado para o exterior, com previsão de investimentos privados de 6,5 bilhões de dólares.

O projeto, desenvolvido pela empresa Logum, especializada em logística de transportes de combustíveis, foi apresentado nessa semana ao empresariado do setor sucroenergético do Estado, durante almoço-reunião no Palácio das Esmeraldas. Estavam presentes representantes de 36 das 38 empresas de produção de etanol de Goiás.

Ao se dirigir ao grupo de empresários presentes ao almoço, o governador Marconi Perillo ponderou que se trata de um dos maiores investimentos em Goiás nesta década e que o governo quer ser o indutor da parceria da Logum com os empresários goianos que atuam na produção de álcool e açúcar.

O governador propôs ao empresário Alberto Guimarães, um dos cinco sócios majoritários da Logum, que os projetos de implantação do alcoolduto em Goiás sejam acelerados, de modo a permitir que a construção dos dutos ligando Itumbiara, Rio Verde e Jataí, em Goiás a Uberaba (MG) e Paulínia (SP) seja concluída até 2014. Pelo projeto, a previsão de entrega do trecho Rio Verde-Jataí é para 2015. “Precisamos antecipar essas datas. Isso será muito bom para o setor”, argumentou Marconi.

O presidente do Sifaeg e do Sindiaçucar, André Baptista Lins Rocha, mostrou que a implantação do projeto vai representar redução nos custos de transporte e da emissão de poluentes, menor desgaste das rodovias, aumento da produção e diminuição do tempo gasto para disponibilizar o produto aos grandes centros consumidores do País, especialmente o Eixo Rio-São Paulo.

Ao expor o projeto, Alberto Guimarães explicou que o alcoolduto já existe em pleno funcionamento entre Paulínia e Ribeirão Perto e que a ideia é integrar o sistema com outros mercados produtores. Como Goiás é o 2º produtor de etanol do País, há uma forte demanda por investimentos em logística de transportes na região. “Esse projeto significa colocar os produtores goianos dentro de São Paulo”, sublinhou.

O empresário da Logum explicou que, pelo projeto, três terminais de coleta serão construídos em Goiás, com investimento total de 6,5 bilhões de dólares.

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