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Governo cede no setor elétrico

Após duas rodadas de reunião (de manhã, na Casa Civil, e à tarde, no Senado), a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, aceitou abrir mão de apenas um pedido feito pelo setor elétrico para a modificação do texto das medidas provisórias do setor elétrico: aceitar o repasse para as tarifas dos custos das distribuidoras durante os leilões de energia. Em acordo com as lideranças de todos os partidos no Senado, foi decidido que as medidas provisórias do setor elétrico serão votadas na próxima terça-feira.

Assim mesmo, a concessão de Dilma foi de que o repasse será limitado ao mercado real da empresa distribuidora. Se ela adquirir 100% da energia, repassa integralmente. Se comprar 20% a mais do que seus consumidores precisaram efetivamente, terá que arcar com o excedente.

Todos os demais pontos sinalizados pelo relator, senador Delcídio Amaral (PT-MS), na terça-feira, como passíveis de acerto com o ministério, foram travados.

Do nosso ponto de vista, achamos que estamos em uma fase final de negociações. O objetivo do ministério é manter a integridade do modelo, o que não significa que não estejamos abertos a alterações – disse a ministra.

A inflexibilidade de Dilma já ficara exposta durante reunião na parte da manhã, na Casa Civil. Delcídio Amaral e a ministra reuniram-se com o chefe da Casa Civil, José Dirceu, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP) e o ministro da Articulação Política, Aldo Rebelo, e o encontro foi repleto de faíscas e farpas. Enfática, a ministra dizia que não era possível alterar o texto aprovado pela Câmara. Irritada com os senadores petistas que defendiam mudanças, virou para o líder Mercadante e disse: – Às vezes, é mais fácil lidar com a oposição do que com vocês.

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