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Governo anuncia medidas para evitar alta do etanol

O governo federal tomou medidas para evitar a falta de etanol nas bombas de combustível ou que o consumidor pague mais caro durante o período de entressafra da cana de açúcar. A partir do dia 1º de outubro, entra em vigor portaria do Ministério da Agricultura que reduz para 20% o porcentual obrigatório de adição de etanol anidro combustível à gasolina. Atualmente, o percentual de etanol anidro na gasolina é de 25%. Outra medida garantirá a redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) da gasolina, que visa neutralizar um eventual aumento no preço final.

Decreto publicado ontem reduz de R$ 0,23 por litro para R$ 0,19 por litro, a Cide sobre a gasolina. O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antônio Henrique Silveira, explicou que a gasolina “A” (usada na mistura), que subirá de 75% para 80% na composição da mistura, é mais cara que o álcool anidro. “Por isso, o preço (na bomba) tenderia a subir um pouco”, afirmou. “O decreto é essencialmente para manter o preço da gasolina”, insistiu. Ele disse que o cálculo sobre o novo valor da Cide considerou o preço médio de setembro da gasolina, incluindo Cide e Pis/Cofins, de R$ 1,5496 por litro e do álcool anidro, de R$ 1,4321 por litro.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) e Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) promoveram uma palestra sobre o impactos dessas medidas.

Segundo o presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda, o governo está abrindo mão de parte das arrecadações para que o consumidor não arque com a diferença. Para ele, o que causou a redução na produção de Etanol não foi a exportação do mesmo e sim a influência climática. “Hoje a exportação da cana de açúcar é de 48% da produção. Isso não prejudica o mercado brasileiro. Este ano tivemos um período de estiagem prolongada e isso sim afetou a produção de Etanol”, afirma.

O presidente do Sindicom, Alísio Vaz, descarta possibilidade de queda nos preços, mas avalia a medida como positiva no sentido de segurar o repasse para o consumidor. “A oferta não acompanhou a demanda. Não tivemos a melhor safra este ano e a indústria automobilística bateu o recorde de venda de veículos do tipo flex”, analisa.

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