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Golf 2.0, enfim flexível

Único hatch nacional com motor 2.0 flexível até agora, o Chevrolet Vectra GT ganhou um rival. A Volkswagen finalmente lançou o Golf 2.0 com essa tecnologia. Seu preço, de R$ 57.990, ficou R$ 1.290 maior do que o do modelo anterior, com propulsor apenas a gasolina. Porém, além de agora beber também álcool, o carro ganhou rodas de 15 como item de série.

O bem conhecido motor 2.0 passou por mudanças para adaptar-se ao uso do etanol. Pistões, comando de válvulas, coletor de admissão, catalisador, filtro de combustível, central eletrônica e taxa de compressão foram modificados. A potência com gasolina continua de 116 cv, mas com álcool passou a 120 cv. Conforme a Volkswagen, houve esforço para melhorar não só a agilidade, como o consumo de combustível.

E o Golf realmente ficou um ligeiramente mais ágil. O torque melhorou um pouco (ganhou 0,4 mkgf) e agora é entregue em giro mais baixo, a 2.250 rpm (no motor a gasolina vinha a 2.400 rpm).

Mas foi suficiente para dar mais disposição não só em retomadas, mas também em aceleração de 0 a 100 km/h – feita em 9,6 segundos, conforme a VW. E o número de vezes que o motorista precisa reduzir as marchas no trânsito foi reduzido.

A mudança mais perceptível ocorreu no câmbio. As relações de quarta e quinta foram alongadas na tentativa de reduzir o consumo de combustível em ciclo rodoviário, segundo a montadora. Na estrada, a 120 km/h, o conta-giros trabalha em 3.300 rpm e o ruído do motor não incomoda na cabine. Mérito do bom isolamento acústico.

VETERANO

Desde 1999, quando começou a ser feito no Brasil, o Golf passou por poucas alterações. A maior ocorreu no ano passado, com reestilização principalmente no interior. A evolução lenta, que pode parecer ruim, tem também seu lado bom.

O câmbio manual continua com engates precisos e, junto à direção e à suspensão, resulta em uma dirigibilidade acima da média de seus concorrentes. Esse é um dos méritos do Golf.

Enquanto os amortecedores trabalham bem para minimizar as irregularidades do asfalto, a direção (com assistência hidráulica) é bem acertada.O lado ruim está no interior, praticamente o mesmo desde 1999 – apesar do acabamento contar com boas qualidades.

A reestilização deu fôlego ao Golf, que ganhou mercado desde o ano passado e está em terceiro lugar no segmento de hatches médios (atrás de Chevrolet Astra e Fiat Stilo). Foram vendidas 8.368 unidades no acumulado deste ano.

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