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Goiás quer dobrar as exportações de álcool

O estado de Goiás pretende mais do que dobrar as exportações de álcool no próximo ano. A grande responsável pelo crescimento deve ser a Ásia. Dos 100 milhões de litros que Goiás deve exportar em 2005, 70% tem como destino países como Japão, China, Índia e Coréia do Sul. Para estreitar os laços com potenciais compradores, uma missão de empresários goianos visitou a Ásia nas duas últimas semanas.

Os quatro países têm potencial para importar 9,5 bilhões de litros de álcool anidro – usado na mistura com a gasolina – em 2005. Eles querem reduzir a dependência do petróleo e restringir a emissão de poluentes, dentro do acertado no protocolo de Kyoto. Os signatários se comprometeram a reduzir o consumo de combustíveis fósseis.

Em 2004, a Ásia respondeu por 42% das vendas externas brasileiras, que totalizaram 2 bilhões de litros até novembro. O continente foi o maior cliente do álcool nacional.

A missão goiana visitou os quatro países para prospectar mercado. Negócios ainda não foram fechados. “A cultura asiática é de primeiro conhecer os parceiros, para depois fazer as compras”, diz Igor Montenegro, presidente do Sindicato da Indústria de Fabricantes de Álcool do Estado de Goiás (Sifaeg). No próximo ano, empresários asiáticos devem vir ao Brasil para conhecer usinas e avaliar negócios.

Na Índia, a utilização de 5% de álcool na gasolina é prevista em lei. Embora uma brecha na lei tenha sido provisoriamente aberta – em razão da quebra da safra de cana -, o país tem potencial para consumir 500 milhões de litros de álcool.

No Japão, inicialmente o índice será de 3%, com consumo de 1,8 bilhão, podendo chegar a 9 bilhões, nos próximos anos, quando a mistura for de 15%.

Montenegro diz que na China o percentual de mistura ainda não foi definido, mas que caso se iguale ao da Coréia, onde o índice poderá ser de 10%, o consumo dos dois países pode alcançar 6,7 bilhões de litros de álcool. Apenas duas províncias chinesas usam a mistura de álcool à gasolina, mas a expectativa é de que no próximo ano passem a ser seis, acredita José Ricardo Severo, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

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