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Globo Rural de fevereiro traz reportagem especial sobre usinas nordestinas de cana-de-açúcar

A edição de fevereiro da revista Globo Rural, publicação da Editora Globo, traz uma matéria especial sobre a cana-de-açúcar, produto que vem conquistando, cada vez mais, o interesse de grupos nacionais e estrangeiros em ingressar nesse segmento produtivo.

A reportagem aborda dois grandes grupos de usinas de açúcar e álcool do Nordeste, regiões em que a cana-de-açúcar se consolidou e os mecanismos de produção passaram por um processo de modernização, no entanto, sem alterar a estrutura da gestão das empresas, que permanecem familiar. Uma delas é a Coruripe, situada no estado de Alagoas que, atualmente, processa 16 mil toneladas de cana por dia, gerando 38 mil sacas de açúcar diariamente. Para a safra 2010/2011 a estima tiva da empresa é colher 2,8 milhões de toneladas de cana e produzir 5,7 milhões de sacas e 4 milhões de litros de álcool.

Segundo Cícero Augusto Almeida, gerente agrícola da Coruripe, investimentos direcionados para a irrigação e a variedades de cana resistentes a seca foram fundamentais para os resultados positivos da colheita. “Uma certeza que sempre tivemos é a de registro de seca no Nordeste. Tivemos que nos preparar para lidar com esse fenômeno climático”, diz Almeida.

As áreas não irrigadas produzem cerca de 50 a 60 toneladas de cana por hectare. Já as irrigadas produzem, em média, 80. No caso da reportagem sobre Coruripe, dos 30 mil hectares que a usina mantém em produção, 25,5 mil são irrigados. “Trabalhamos mais de 20 anos nesse projeto, que é considerado o mais moderno sistema de irrigação por gotejamento do Brasil”, explica Pedro Carnaúba, coordenador do setor de irrigação de Coruripe. Hoje, a empresa possui 4,7 mil funcionários, sendo mil atuando diretament e na irrigação e os outros no corte de cana.

As usinas também começam a se preparar para a mecanização da colheita, mas se preocupam com os cortadores de cana, já que são as principais empregadoras da região nordeste. O desafio das usinas é preparar quem atua com corte da cana para atuar em outro segmento, senão o impacto social será muito grande.

Outro grupo que manteve o ritmo de crescimento sem alterar a estrutura familiar foi a Usina Serra Grande, iniciada no século XVIII, em Pernambuco. Hoje, a indústria Caeté, do mesmo grupo, possui propriedades em Alagoas, Minas e São Paulo.

Assim como a Coruripe, as unidades alagoanas da Serra Grande também foram beneficiadas pela irrigação na plantação de cana-de-açúcar. Em Nova Igreja, município de Alagoas, por exemplo, está instalada a unidade Caeté/Marituba que tem como previsão a colheita de 1,25 milhões de toneladas de cana nesta safra, produção de 2,1 milhões de sacas de açúcar e 36 milhões de litros de álcool. A usina também produz 55 megawatts de energia elétrica. Deste total, vende 17 e consome o restante.

No Alagoas a ideia é iniciar a mecanização em 2012, substituindo a força humana por máquinas em 25% de área cultivada. Em Pernambuco o prazo é o mesmo, mas em apenas 20% na área. Só no ano passado, o açúcar foi responsável por 80% das exportações de Alagoas enquanto que em Pernambuco, devido a seca, estima-se que a produção será 10% menor, somando 16 milhões de toneladas.

No nordeste, a safra atual da cana de açúcar está estimada em 61 milhões de toneladas. Na região Centro-Sul do país, principal pólo produtor do Brasil, as projeções apontam safra de 555 milhões de toneladas. No entanto, os preços do açúcar pago aos produtores do Nordeste são 30% maiores que os verificados no Centro-Sul. Em Alagoas, principal produtor da região, a safra crescerá 15% e deve somar 27,8 milhões de toneladas de cana.

A matéria da Globo Rural de fevereiro também traz dados numéricos sob re o investimento em bem-estar dos funcionários, salários, colheita, custo de transporte da cana, entre os outros.

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