Agricultura

Gestores do setor discutem medidas para reduzir custos de CCT

Colheita mecanizada
Colheita mecanizada

O Grupo do Linkedin “Colheita Mecanizada de Cana” lançou essa semana uma discussão sobre as principais medidas adotadas pelas usinas para reduzir os custos do CCT (Corte, Carregamento e Transporte) em tempos de crise. João Paulo de Lima Silva, supervisor de Transporte e Colheita do Grupo Carlos Lyra – Usina Caeté, é quem comanda as discussões na rede.

Ele explica que a unidade implantou computadores de bordo em todos os equipamentos do CCT, o que gerou uma redução de 4,6% no consumo de diesel; reduziu folguistas de motoristas e líderes de frente, com redução nas despesas de mão de obra; reduziu Trabalhadores Rurais da bituca de cana que cai do caminhão e dos auxiliares de pipa, o que resultou na diminuição com despesas de mão de obra e reduziu colhedoras de prestadores de serviço, com ganho de aumento de produtividade dos equipamentos próprios.

Colheita mecanizada
Colheita mecanizada

“A redução de 4,6% no consumo de diesel das colhedoras foi o que conseguimos com a introdução dos computadores de bordo. Em relação aos tratores de transbordo, introduzimos o sistema em novembro da safra passada, ou seja, não houve tempo suficiente para fazer uma avaliação representativa. Porém fizemos uma avaliação de 15 dias e conseguimos uma redução superior a das colhedoras. O sistema é composto de parâmetros que podem ser alterados de acordo com a realidade de cada empresa, onde pode ser parametrizado a rotação de acordo com a operação, monitorado o motor ocioso e há a organização dos tratores de transbordo em um sistema de fila única, que evita que o operador fique rodando com o trator sem que haja necessidade. Todos os parâmetros são monitorados por alarme dentro do equipamento e na central da usina, que designamos de COI (Centro Operacional Integrado)”, explica a um dos participantes do grupo.

André Valio
André Valio

O consultor, Andre Marques Valio, da Valio Competitive Intelligence, explica que a integração entre COI e frentes de trabalho é um grande salto logístico para a eficiência operacional. Ainda existe muito que pode ser agregado neste conceito. “Para se ter uma idéia, em um trabalho focado na gestão de apenas três sensores, movimento binário de motor da máquina e binário de motor do implemento, conseguimos aumentar a relação elevador/motor de 0.43 para 0.55 (gerando aumento de 96 t/colhedora a mais por dia corrido). E ainda daria para aumentar mais, acredito que seria possível chegar a 0.63. Se tiver mais sensores, e conseguir manter a atualização online no COI, o potencial de ganho é ainda maior”, lembra.

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