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“Gestão econômico financeira é a chave do négocio”

A grande dúvida que paira no ar na atualidade, é se o setor sucroenergético está preparado para a retomada, caso o governo atenda as reivindicações. Alguns líderes de destaque de grandes grupos já levantaram esta questão e que talvez ainda continua gerando algumas dúvidas. Mas para Jair Pires, diretor executivo da MBF Agribusiness, a questão está clara devido a falta de gestão profissional em muitas usinas. “Caso o governo atenda parte dessas reivindicações, alguns grupos que possuem gestão profissionalizada, poderão seguir em frente. Esse é o primeiro grande ponto”, diz.

Segundo o especialista, alguns grupos com gestão profissionalizada, voltada para crescimento e custos acabam conseguindo sobreviver ao mercado, porém é preciso ser bem criterioso. “Não é possível olhar apenas para fluxo de caixa, mas para o resultado econômico financeiro da empresa. Não se pode olhar o caixa somente no primeiro ano, sem saber se o seguinte irá suportar toda pressão financeira”, revela.

Ele relembra que de 2008 a 2010, muitos não projetaram as perdas nos quatro a cinco anos seguintes. “Essas empresas chegaram no futuro sem ter a produtividade esperada, com falta de tratos nos canaviais e com perdas de 30%. Além de não ter colocado isso na ponta do lápis, ainda insistiram em realizar algum investimento. Então faltou caixa e tudo foi interrompido no meio do caminho com a crise”, frisa.

Para Pìres, a gestão deve ser econômico financeira, e a administração deve não só enxergar a produção apenas na safra vigente, mas projetar e cuidar da produção no futuro como nos próximos quatro anos, e verificar se irá poder investir. Sem isso, não há como se trabalhar”, reforça.

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