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GEADA NA CANA: Produtor conta o que pode reduzir as perdas de produtividade

Ele é conhecido por altos índices de produtividade em seus canaviais

GEADA NA CANA: Produtor conta o que pode reduzir as perdas de produtividade

Como se já não bastasse ter que enfrentar umas das piores secas dos últimos anos, agora as plantações de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil enfrentam outro problema climático: as geadas.

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Para se ter uma ideia, uma das principais regiões produtoras de cana-de-açúcar do Brasil, Ribeirão Preto, registrou o pior frio em cerca de duas décadas na madrugada desta última terça-feira (20). Foi a geada mais severa do ano para a cultura, dentre as quatros registradas em 2021. A menor temperatura do dia foi de 1°C, segundo levantamento da Somar Meteorologia.

Ainda não é possível mensurar os prejuízos, mas a consultoria Czarnikow avalia algumas demandas que serão geradas. A cana jovem, por exemplo, precisará ter o plano de colheita ajustado, e uma avaliação sobre a necessidade de plantar novamente a cana. Quanto à cana que não está pronta para ser colhida, é certo que haverá impacto na produtividade, com menor índice de ATR e ajustes sobre a colheita para a próxima safra, que de acordo com a consultoria terá demanda pelo uso de maturadores.

Isso posto, fica às usinas e produtores de cana a questão: como reduzir as perdas de produtividade diante da seca e geadas? Como uma forma de, literalmente, salvar a lavoura, o engenheiro agrônomo e produtor de cana da região de Monte Azul Paulista (SP), Renato Delarco, pretende trazer respostas relevantes para esse problema. 

Conhecido pelos altos índices de produtividade em seus canaviais, Delarco foi um dos que previam, ainda em maio deste ano, que a safra 21/22 está muito comprometida em termos de produtividade apontando para uma quebra de safra de 18 a 20% na região Centro/Sul.

Trabalhar na qualidade de vida do solo contribui para reduzir perdas de produtividade resultantes da seca e da geada

Como uma forma de mitigar essa quebra na produção de cana-de-açúcar, Renato Delarco acredita que produtores e usinas devem investir na produtividade da cana através de tecnologias e ações de manejo, sobretudo através do uso de manejo biológico e orgânico, uma vez que as técnicas de manejo biológico estão totalmente alinhadas com o processo acelerado de transformação digital que puxa a produtividade da cana. “Nesses tempos difíceis de umidade e geada estamos trabalhando para aumentar a qualidade de vida do solo, ou seja, usando organominerais e  microorganismos vivos para aumentar a CTC do solo para absorver mais água e nutrientes”, explica.    

Delarco é um dos vários especialistas de usinas e produtores de cana confirmados para a 3ª Maratona CANABIO – Seminário de Manejo Biológico e Sustentável da Cana – 1ª Sessão, que acontece na semana que vem, dias 28 a 29 de julho, sempre às 19h. Uma série de eventos online imperdíveis, que já virou tradição no setor, e que apresentará absolutamente tudo o que você precisa saber sobre manejo biológico e sustentável da cana-de-açúcar.

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