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Gasolina será mais vantajosa em dezembro

A escalada no preço do álcool, que nos últimos 30 dias subiu 19,4% em Ribeirão, segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), tornará o abastecimento com gasolina mais vantajoso a partir de dezembro.

A previsão é de técnicos da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e de representantes do setor, que apostam em um aumento de até R$ 0,20 sobre o preço médio atual do litro do álcool na cidade, de R$ 1,66.

Com o álcool sendo vendido a R$ 1,86 o litro, ultrapassa a barreira dos 70% do preço da gasolina (calculada em R$ 2,599 o litro) e se torna menos vantajoso por causa do rendimento. O cálculo foi desenvolvido pela própria agência para dar “parâmetros” ao consumidor.

“A nossa previsão é de um aumento no preço do álcool entre 10% e 15% no período da entressafra da cana. É bem próximo do que vai acontecer”, disse o vice-presidente da Brascombustíveis (Associação Brasileira dos Revendedores de Combustíveis), Renê Abbad.

Ele contou que a previsão considera que abastecer a álcool já é desfavorável na maioria dos Estados, com exceção de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins. “No mesmo período do ano passado, esse número era maior.”

Além disso, ele acredita que haverá muita especulação para a venda do produto. “A valorização do açúcar neste ano gerou lucro e as usinas estão com estoque de álcool. Por isso, ao vender, haverá muito mais critério com o preço”, disse.

Anteontem, por exemplo, o preço do álcool hidratado vendido pelas usinas fechou com alta de 0,7%, cotado a R$ 1. Na semana anterior, ele foi vendido a R$ 0,99 e chegou a R$ 0,98 na antepenúltima semana -uma elevação de 2% em três semanas.

FLEX

Para o coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) calculad o pela Fipe, Antonio Evaldo Comune, o aumento no valor do litro do álcool será pressionado pela valorização do preço do açúcar, a antecipação do fim da safra atual e o aumento no consumo do combustível.

Ele citou a venda de veículos flex como uma alavanca para o aumento do consumo de etanol nos postos.

No caso de Ribeirão, até outubro, foram comercializados 18.158 carros zero km -alta de 5,28% em relação ao mesmo período de 2009.

O empresário do setor sucroalcooleiro Maurílio Biagi Filho discorda das previsões feitas pelos representantes das instituições. Para ele, o preço do álcool já bateu seu teto máximo e não terá fortes elevações no período da entressafra da cana.

“A lei da oferta e da procura será invertida nesta safra, com maior oferta e menos procura dos consumidores. Esse movimento vai favorecer o controle dos preços do álcool”, afirmou.

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