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Gasolina importada para garantir oferta

Um carregamento de gasolina importado pela Petrobras chegará ao Brasil até 15 de abril para garantir o abastecimento do aquecido mercado interno. O objetivo é assegurar a oferta frente ao aumento da procura pelo produto, um movimento ocorrido após a alta no preço do etanol e a migração do consumidor para o combustível fóssil. O Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis estima uma queda de 40% do consumo de álcool no primeiro trimestre deste ano. Já segundo a estatal, o consumo médio de derivados de petróleo subiu 4,5% no período.

A gasolina adquirida pela Petrobras equivale a 10 dias de consumo no país — hoje, a demanda diária está em torno de 380 mil barris. O diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, informou ontem que a gasolina será armazenada e utilizada em caso de necessidade. “A gente vai trazer e armazenar. Se precisar usa, se não precisar não usa”, disse. Em 2010, em função de um mercado aquecido, a Petrobras importou 3 milhões de barris de gasolina de vários países no início do ano.

Estoque

Costa informou que as refinarias da empresa estão trabalhando a plena capacidade. “Estamos produzindo o máximo de gasolina, e se verificarmos que o estoque está abaixando e que precisa importar, iremos importar”, afirmou. Desde o ano passado, o Brasil tem registrado repiques na demanda por gasolina devido ao aumento do preço do etanol. Nas últimas duas safras, as usinas elevaram a produção de açúcar em detrimento do combustível, olhando para o mercado internacional com preços elevados do adoçante.

O aumento do consumo de gasolina ocorre na entressafra da cana-de-açúcar, quando a disponibilidade de etanol é ainda menor e os preços s obem. “A migração nas últimas duas semanas do consumidor para gasolina acabou gerando uma demanda repentina, que eventualmente pode gerar alguns gargalos pontuais”, afirmou Alísio Vaz, vice-presidente do sindicato das distribuidoras de combustíveis.

Efeito do Petróleo

Os preços do petróleo em patamares elevados podem estimular os produtores de açúcar a diversificarem a produção para etanol, ajudando a amortecer o impacto de uma inevitável queda no preço do açúcar, estimou a Organização Internacional do Açúcar. O açúcar atingiu a cotação máxima em 30 anos. Peter Baron, diretor executivo da entidade, disse que a competitividade do etanol com o açúcar está aumentando.

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