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Gabrielli: Petrobras não tomará posição sobre hipóteses

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou hoje que a companhia “não vai tomar posição sobre hipóteses”, em relação ao novo marco regulatório para a exploração de petróleo na camada do pré-sal. “(A Petrobras) vai se posicionar, como sempre, de acordo com os marcos regulatórios já existentes. Hoje temos um plano de investimentos que significa US$ 174,4 bilhões de investimentos nos próximos cinco anos, esse plano foi baseado no marco regulatório atual e não prevemos alteração nas áreas que estão sob concessão da Petrobras”, disse.

Ao comentar as declarações do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, de que a comissão do governo federal que analisa o marco regulatório para o pré-sal deve sugerir a criação de uma estatal exclusiva para esse tipo de exploração, o que levaria a Petrobras a participar de leilões de no! vos blocos, Gabrielli reafirmou que não iria falar de hipóteses. “(Sobre) as áreas que não estão sob concessão e que são objeto da mudança do marco regulatório, à medida que o governo apresentar e o Congresso aprovar, a Petrobras se posicionará”, afirmou o presidente da Petrobras, que participou no final da tarde do Ethanol Summit, em São Paulo.

Gabrielli voltou a afirmar que ainda não há definição sobre queda ou aumento no preço da gasolina no Brasil, e disse que em nenhum país o preço do combustível é baseado no custo. “A nossa política de preços é a mesma dos últimos seis anos. Acompanhamos o mercado internacional, olhamos o mercado futuro, analisamos as expectativas em relação à substituição do etanol, e as variações de câmbio”, afirmou.

O presidente da Petrobras comentou ainda a flexibilidade dos investimentos do mercado internacional, ao ser informado que a companhia poderia ampliar os gastos na Colômbia. “Exploração é por definição uma atividade dinâmica e, se nesse momento estamos aumentando, apesar de eu não ter detalhes, é provavelmente porque temos sucesso na Colômbia”, completou. Indagado ainda se a Petrobras tem interesse em aquisições de refinarias nos Estados Unidos, cujos ativos estariam em queda, Gabrielli resumiu. “Ativos nos Estados Unidos é outra geração de refinaria, não sei se há interesse em comprar refinaria velha.”

Antes de sua palestra no Ethanol Summit, Gabrielli teve um encontro rápido e informal com o presidente do Grupo Cosan, Rubens Ometto, que comanda o maior conglomerado sucroalcooleiro do mundo e que no ano passado adquiriu as operações da Esso no Brasil. Durante a palestra e na entrevista à imprensa em seguida, Gabrielli ratificou que não acredita na formação de um mercado global de etanol no curto prazo, apesar de considerá-lo como o principal na matriz de combustíveis no Brasil.

“No mercado externo o etanol ainda depende da regulação, da con! strução de infraestrutura nos países compradores, do aumento da diversificação da produção em outros países e ainda da queda de tarifas e barreiras”, justificou.

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