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Furlan: salvaguarda será regulamentada

Depois de sinalizar claramente o fracasso da tentativa de um acordo para a restrição voluntária das exportações chinesas para o Brasil, na semana passada, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou ontem que as regulamentações para as salvaguardas contra o país asiático devem ocorrer.

Porém, o ministro não disse quando, exatamente, os esperados documentos de regulamentação ficarão prontos. Estes papéis são necessários para que as indústrias possam solicitar investigação e, posteriormente, as salvaguardas contra indústrias estrangeiras.

“Uma coisa anda em paralelo à outra. Deixei bem claro para o governo chinês que não era nenhuma situação inamistosa, mas que nós faremos a regulamentação normalmente”, disse o ministro após participar de evento realizado ontem pela Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria.

O ministro Furlan lembrou que o texto permitindo a adoção de barreiras contra os produtos da China foi aprovado por unanimidade na Câmara de Comércio Exterior (Camex) e já foi encaminhado à Presidência da República. “O presidente disse em público, mais de uma vez, que irá regulamentar”, afirmou o ministro.

Sobre as reuniões com o ministro do comércio da China, Bo Xilai, Furlan disse apenas que as negociações foram duras e que alguns encontros chegaram até 1h30 da madrugada. Como saldo da viagem, o ministro disse apenas que haverá troca de propostas escritas a partir de agora e minimizou o insucesso da viagem. “Nós deixamos uma arquitetura feita que leva a um acordo e temos a expectativa de trocar propostas escritas já nos próximos dias. E, a partir disso, iremos dirimindo algumas dúvidas e nós podemos dar o primeiro passo”, afirmou.

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