A adoção e o relato confiáveis de boas práticas ESG estão diretamente ligados a um melhor desempenho nos negócios e ao acesso ao capital investidor.
Diante deste cenário e da necessidade da administração pública e do setor produtivo brasileiro ampliarem sua efetividade de ações, será realizado, nesta terça-feira (05/07) pela Frente Parlamentar da Economia Verde, o Seminário Economia Verde 2022: ESG em pauta, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Além de debater medidas que possam induzir os órgãos públicos e o setor produtivo brasileiro a adotar boas práticas ambientais, sociais e de governança, a partir do PL nº 1817/2022 apresentado em 29/06, o encontro também vai homenagear projetos nacionais que trabalham em prol de uma economia de baixo carbono, com o “Prêmio Economia Circular 2022”.
Para se ter uma ideia da importância deste debate, um relatório da Global Sustainable Investment Alliance mostrou que, em 2020, US$ 35.3 trilhões em ativos foram investidos segundo critérios que já incorporavam métricas de sustentabilidade. Além disso, até março deste ano, mais de 4.800 investidores, representando cerca de US$ 100 trilhões em ativos sob gestão, eram signatários do compromisso de incorporar informações ESG nas suas decisões de investimento.
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“A análise de investimento sobre a ótica ESG promove melhor alocação de capital — e, portanto, maior e melhor crescimento econômico, com inclusão social e respeito ao meio ambiente”, explica o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), presidente da Frente Parlamentar Mista da Economia Verde, um dos idealizadores do encontro e autor do PL.
O PL Nº 1817/2022 moderniza leis como a Política Nacional de Meio Ambiente e a nova lei de licitações, estabelecendo parâmetros internacionais de ESG. “Estamos indicando que as compras públicas considerem aspectos ambientais, sociais e de governança das empresas que apresentam propostas de produtos e serviços”, esclarece Jardim.
Outro aspecto importante do PL é a alteração da lei das sociedades por ações, exigindo que essas empresas passem a incorporar nos seus relatórios públicos, informações confiáveis sobre a adoção de práticas de ESG. “Nossa competitividade está diretamente ligada às métricas de práticas sustentáveis transparentes. O Brasil precisa acelerar para se modernizar e não perder seu espaço”, conclui o deputado.
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O encontro contará com as participações dos deputados federais Arnaldo Jardim, Marcelo Ramos (PSD/AM) e de representantes do BNDES, da Suzano e do Instituto Brasileiro de Árvores (IBÁ).