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Franceses optam cada vez mais pelo carro elétrico

A venda de veículos elétricos na França teve grande aumento no primeiro trimestre de 2013 em relação ao mesmo período no ano passado, de acordo com dados do CCFA — Comitê de Construtores Franceses de Automóveis, anunciados em julho deste ano.

Estima-se que foram feitas 3.523 vendas de veículos no três primeiros meses de 2013 contra 728 no mesmo período de 2012, isso graças ao lançamento do novo carro elétrico “Zoe”, da Renault, representando 1090 de todos os modelos vendidos.

De acordo com o diretor de comunicação do CCFA, François Roudier, o Zoe é o primeiro veículo urbano 100% elétrico. Ele custa 13.700 euros, mesmo preço do Renault Clio, se comprado com o subsídio do governo de 7000 euros, que tenta dessa maneira incentivar a compra desse tipo de carro no país.

Com todos os benefícios, tanto para o planeta quanto para o bolso, a adoção do modelo elétrico ainda tem alguns problemas para o consumidor, como por exemplo a falta de estações de carregamento dos veículos. Além disso seria um problema abastecer toda uma frota de carros em um país inteiro, tendo em mente que cerca de 63% da eletricidade usada na França vem de energia nuclear.

Segundo o Fundador da Divisão Industrial de Veículos Elétricos Européia, Laurent Lasselin, ativo defensor da utilização de “combustíveis verdes”, seria preciso cerca de 10 usinas nucleares a mais para alimentar a atual frota francesa, mas ainda assim valeria a pena.

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“Mesmo com todas as dificuldades, devemos acabar com a dependência que temos dos combustíveis fósseis o quanto antes. Para conseguir isso, temos que mudar nossa relação com a energia. Consumir menos e pensar sobre o impacto de nossos hábitos no meio ambiente. O ideal seria uma produção cada vez maior de energias sustentáveis e renováveis, para podermos ter opções”, disse.

Na opinião de François Roudier da CCFA o etanol tem sido uma opção menos radical para os franceses que se preocupam com o meio ambiente. No país ele é utilizado em combinação de 10% com gasolina e diesel convencionais e este é o melhor uso do biocombustível na Europa, já que o combustível 100% vegetal não funcionou no mercado francês.

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