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Fórum discute futuro das energias renováveis

A corrida já começou para uma nova era em que as energias renováveis substituirão os combustíveis fósseis, como o petróleo. A opinião é do presidente do Worldwatch Institute (WWI), Christopher Flavin, que participou, ontem, do Fórum de Reflexão Estratégias Energéticas para o Século XXI, na Fundação Luís Eduardo Magalhães, em Salvador. Segundo ele, os biocombustíveis, a energia solar e a eólica possuem grande potencial de exploração, e um futuro seguro para os investidores. Citou ainda que o Brasil e a Bahia devem ficar atentos a essa realidade, diante das suas potencialidades.

Flavin informou que a taxa de crescimento anual da energia eólica chega a 35%. Segundo ele, em 1985, foram produzidos pouco mais de 50 kW de eletricidade a partir da energia gerada pelos ventos, em todo o mundo. Atualmente, a produção já ultrapassa de 1,5 milhão de kW, o que possibilitou uma queda no preço do kWh, de US$0,46 para US$0,06.

Somente no ano passado, foram investidos mais de US$29 bilhões em projetos de energia renovável, em todo o mundo. “Atentas à nova realidade, empresas como a General Eletrics e Siemmens, por exemplo, estão direcionando investimentos para este mercado”, citou Christopher Flavin, observado pelo vice-governador e secretário de Infra-estrutura, Eraldo Tinoco, e pelos secretários de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais, Padre Clodoveo Piazza, e da Segurança Pública, Édson Sá Rocha.

“O século XXI estará diretamente ligado às energias renováveis na mesma proporção em que o século XX esteve vinculado ao petróleo”, afirmou o presidente da WWI. Mas, para ele, o Brasil precisa desenvolver projetos de energias eólica e solar com a mesma capacidade e sucesso que produz os biocombustíveis, com destaque para o álcool.

Na oportunidade do evento, foi lançado o relatório anual do WWI, Estado do Mundo 2005, publicado em 30 idiomas. O tema central é a redefinição do conceito de segurança. São examinadas as ligações entre segurança e as mudanças no perfil da população, a falta de acesso a água e alimentos, a dependência dos países desenvolvidos do petróleo e o desarmamento nas sociedades que saíram recentemente de conflitos armados. A versão brasileira está disponível no site www.wwiuma.org.br.

O Worldwatch Institute fica sediado em Washington, e promove ações de promoção para uma sociedade ambientalmente sustentável, onde as necessidades humanas sejam atendidas sem ameaças à saúde da natureza. Segundo o presidente no Brasil, Eduardo Athayde, a entidade busca atingir seus objetivos através de pesquisas interdisciplinares e apolíticas, montando cenários sobre questões globais emergentes.

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