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Fornecedores terão melhor remuneração em 2009/10

JC 190 – A remuneração dos fornecedores de cana na região Centro-Sul do país deverá ser maior nesta safra 2009/10, como reflexo da recuperação dos preços internacionais do açúcar, informou Manoel Ortolan, presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste de São Paulo (Canaoeste).

Nesta safra 2009/10, os preços médios da cana pagos ao fornecedor deverá ficar em R$ 42, um aumento de 17% sobre a safra passada, que ficou, na média, R$ 36 por tonelada de cana.

Os casos de inadimplência das usinas também diminuíram, segundo Ortolan.

Os últimos dois anos foram difíceis para os fornecedores do país, uma vez que as usinas do setor passaram por delicados problemas financeiros, o que resultou, em alguns casos, em inadimplência. A crise no setor ainda não passou, mas a recuperação dos preços da commodity tem dado um alento ao segmento.

O ano de 2008 foi um dos mais críticos. Em situação financeira delicada, dezenas de usinas entraram em recuperação judicial e boa parte delas também deixou de pagar seus fornecedores. As regiões mais afetadas foram as de Assis, Piracicaba e Sertãozinho, todas do interior de São Paulo. A crise atingiu boa parte das usinas, mas a inadimplência ficou mais concentrada em unidades de pequeno porte, com problemas financeiros há mais tempo. O momento crítico enfrentado pelas usinas do setor desde o ano passado é diferente da situação vivenciada há dez anos. Àquela época, nas safras 1998/99 e 1999/00, as usinas estavam com estoques abarrotados de açúcar e de álcool e preços muito abaixo da série histórica. No entanto, os custos de produção eram bem menores. Na safra passada, os custos foram um dos maiores da história do setor, em torno de R$ 52 por tonelada de cana.

Com o boom dos investimentos em novos projetos de etanol, sobretudo a partir de 2005, muitos fornecedores de cana investiram na compra de máquinas e implementos, e também arrendaram terras para cultivar mais matéria-prima. Com a expansão do setor para novas fronteiras agrícolas, parte desses fornecedores também rumou para novas regiões produtoras do país, lembra Ortolan.

Passada a euforia, os fornecedores foram atingidos em cheio pela crise, uma vez que tinham feito vários investimentos. Agora, com a recuperação do açúcar, começam a respirar um pouco mais aliviados.

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