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Formar profissionais é urgente

JC 159 – A situação é rara, quase inusitada para os dias de hoje. Ao contrário do que acontece na maioria dos municípios brasileiros e em diversas

atividades da economia, o setor sucrocooleiro é que está “correndo”

atrás de trabalhadores para suprir a sua demanda nessa área. Há vagas,

mas faltam profissionais, principalmente os especializados.

Segundo o coordenador do Grupo de Estudos em Recursos Humanos na

Agroindústria (Gerhai), Luiz Haroldo Dóro, existe grande procura para

supervisores de destilarias e de fábricas de açúcar, caldeireiros,

operadores de moenda, pessoal da área elétrica e de automação, entre outros. “No setor de motomecanização, a maior necessidade é de mecânicos. Mas, algumas unidades estão precisando até de motoristas de

treminhões e outros veículos utilizados no transporte de cana”, informa. O crescimento acelerado do setor fez com que a questão de formação e contratação de mão-de-obra tornasse assunto de alta prioridade. O próprio Gerhai, entidades do setor, unidades produtoras, instituições de ensino estão discutindo o problema e buscando alternativas. Existem, no entanto, as situações emergenciais e as mais complexas. “Algumas regiões, no Centro-Oeste, sem tradição no cultivo de cana e na produção de açúcar e álcool, precisam de profissionais para quase todas as áreas. Uma unidade, que está sendo instalada em Goiás, chegou a procurar em São Paulo até pessoal para o setor de segurança do trabalho”, exemplifica.

Na avaliação do coordenador do Grupo de Estudos em Gestão Industrial

do Setor Sucroalcooleiro (Gegis), Gilmar Galon, a área industrial das usinas têm, atualmente, maior demanda de pessoal devido ao grau de especialização da maioria dos serviços executados. Ele cita, por exemplo, a necessidade de contratação de s profissionais de controle de processos devido á automatização das unidades. Além da

formação de técnicos em cursos específicos, Galon destaca que haver

aprendizagem prática na própria usina. Para Luiz Dóro, do Gerhai, a

criação de cursos técnicos – alguns deles por meio de parcerias entre

entidades do setor e universidades – que estão voltados para a formação específica em cada atividade, deverão amenizar a situação daqui a alguns anos. “Por enquanto, o setor está

operando no limite em relação à questão da mão-de-obra. O gargalo

maior vai ser em 2008 e 2009, quando entrarão em funcionamento a maioria das novas unidades”, prevê.

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