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Ford entra na briga dos bicombustíveis

A Ford lança hoje, em grande estilo, com campanha publicitária e promoção nas concessionárias, o modelo Fiesta Sedan 2005, cuja principal novidade, além do design – agora com porta-malas maior ou três-volumes -, é o motor bicombustível, que pode ser abastecido com álcool, gasolina ou ambos, em qualquer proporção, conhecido como Flex, devido à sua flexibilidade.

A montadora, a primeira a apresentar esse tipo de modelo, ainda em 2002, na Bahia, por ocasião do lançamento da nova linha Fiesta, chega ao mercado depois da Volkswagen ter sido pioneira, em março de 2003. Lançou até agora Gol, Parati, Saveiro e Fox Total Flex 1.6 – este último também como o único 1.0 do gênero.

A GM veio em seguida, em meados do ano passado, com a linha Corsa, Montana e Meriva (motor 1.8), além de Astra e Zafira (ambos 2.0). A Fiat chegou no fim de 2003 com a nova linha Palio com motor bicombustível 1.8 e, posteriormente, para seus derivados Siena, Weekend e Strada, todos com motores 1.3 e 1.8.

O novo Fiesta Sedan chega ao mercado com preços que variam de R$ 26.990 (1.0 a gasolina), R$ 27.990 (1.0 Supercharger a gasolina) a R$ 29.990, o Flex 1.6. Os motores foram fabricados em Taubaté e o modelo é o terceiro do Projeto Amazon, iniciado em 2002 na fábrica da Ford em Camaçari (BA), com o lançamento do Novo Fiesta e do EcoSport. Trata-se também de um lançamento mundial: o Novo Fiesta é produzido e vendido em alguns países da Europa, mas o Brasil é o primeiro a ter a versão de três volumes.

A gerente de Marketing de Carros da Ford, Andréa Costa, espera poder enfrentar, com o novo modelo, os concorrentes da categoria, o Corsa Sedan 1.8 (preço a partir de R$ 32.813) e o Siena (R$ 29.960 o 1.3 e R$ 33.150 o 1.8).

O Clio Sedan, da Renault, ainda não tem versão bicombustível, mas a montadora promete apresentar a versão do motor 1.6 flexível durante o Salão do Automóvel de São Paulo deste ano, em outubro.

Campanha – Para lançar esse modelo no País, que alia nova tecnologia à produção nacional – o Fiesta Sedan que a empresa importou até janeiro vinha do México e trazia a antiga carroceria -, a Ford optou por uma linha de comunicação que vai surpreender o consumidor. O comercial, criado por Atila Francucci, da J.W. Thompson, é todo apresentado de ré, com os carros andando para trás.

Andréa Costa justifica: “A principal mudança no desenho do carro é a traseira e decidimos enfatizar essa parte no comercial. Não fazia sentido não apresentar o detalhe que faz a diferença.”

Evitando projeções de vendas, Andréa diz, porém, que os modelos flexíveis são hoje os preferidos do consumidor. “No início, se cobrava mais caro por esse tipo de carro, hoje eles têm o mesmo preço de um modelo convencional, o que os tornaram vantajosos para o consumidor optar por esse modelo.”

O maior atrativo desses modelos é o preço do álcool: atualmente o litro desse combustível pode ser encontrado por volta de R$ 1, enquanto a gasolina custa o dobro. Embora o carro movido a álcool consuma cerca de 30% mais (segundo as montadoras), se o preço desse combustível estiver custando até 70% do litro da gasolina, vale a pena abastecer com álcool.

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