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Fontes renováveis devem aumentar participação na matriz energética em 2022

Dados do Boletim Mensal de Energia referente a maio apontam que o consumo final de energia deve aumentar 2,5%.

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou, nesta quarta-feira (17/8), o Boletim Mensal de Energia referente ao mês de maio de 2022.

De acordo com a publicação, em 2022, a Oferta Interna de Energia (OIE)* deverá crescer menos do que o consumo final de energia (CFE) nos setores econômicos.

Isso vai decorrer da redução das perdas de energia na geração termelétrica como resultado da recuperação da geração hidráulica (recuo de 8,5% em 2021). Em 2021, o contrário ocorreu, com a OIE crescendo mais de um ponto percentual acima do CFE.

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As fontes renováveis na OIE de 2022 deverão aumentar a participação, com as altas da hidráulica e dos produtos da cana (-10% em 2021) e continuidade de altas taxas para eólica e solar.

Assim, em 2022, estima-se que a OIE poderá crescer 1,3% em relação a 2021, com 305,1 milhões de tep e o CFE, 2,5%, indo as renováveis para 46,4% (44,7% em 2021 e 48,4% em 2020).

Para a Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE)** de 2022 é esperado um aumento de 3,0% (2,0% no Sistema Interligado e um pouco mais de 10% em autoprodução e GD), sendo as fontes de energia renováveis responsáveis por mais de 84% na matriz elétrica brasileira.

Além disso, o consumo final de energia deve crescer 2,5%, taxa maior que da OIE, devido ao aumento da participação de energia hidráulica, o que reduz as perdas na geração de energia.

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Destaca-se ainda a oferta nacional de energia hidráulica, com alta de 8,9% no ano. Em comparação a maio de 2021, o consumo de eletricidade cresceu 4,2%; o consumo comercial aumentou 13%; o residencial 2,8% e o industrial 2,3%.

O Boletim Mensal de Energia é um produto do Departamento de Informações e Estudos Energéticos (DIE), da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE) do Ministério de Minas e Energia (MME).

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Destaques em maio de 2022

 Petróleo em alta no ano

A produção de petróleo recuou 2,0% em maio de 2022, sobre igual mês de 2021, mas acumula alta de 2,4% no ano (-1,5% nos 12 meses de 2021). A produção de gás natural também recuou (-2,1%) em maio, e acumula alta de 2,1% no ano.

Metalurgia e mineração em baixa

A produção de aço recuou 5,2% sobre maio de 2021 (-2,4% no ano). As exportações de minério de ferro recuaram 7,4% no mês (-9,5% no ano). As exportações de pelotas têm alta de 17,9% no ano.

Oferta de hidráulica em forte alta

A oferta nacional de energia hidráulica tem alta de 8,9% no ano. Já a parcela de Itaipu mostra recuo de 27% no ano.

Derivados de petróleo com alta no mês

O consumo aparente de derivados de petróleo cresceu 10,5% em maio (excluindo etanol e biodiesel), mostrando alta de 3,1% no ano. O consumo de diesel (biodiesel incluso) teve alta de 4,3% no mês (alta de 1,2% no ano) e o de gasolina C alta de 11,2% (13,5% no ano). O consumo de etanol hidratado tem recuo de 19,1% no acumulado do ano. A demanda total de gás natural caiu 12,3% no ano, tendo no uso da geração elétrica recuo de 45,9%.

O consumo de energia em veículos leves, do ciclo Otto (gasolina, etanol e gás natural), cresceu 4,6% sobre maio de 2021 e 3,9% no acumulado do ano (valores por dia). Em 12 meses: 3,2% em 2021, -9,3% em 2020, 4,5% em 2019, -1,2% em 2018, +1,7% em 2017, -1,1% em 2016 e +6,2% em 2014).

Demanda de eletricidade cresce forte

O consumo de eletricidade, sem autoprodutores, cresceu 4,2% sobre maio de 2021 (1,9% no ano). O consumo comercial continua em destaque, com alta de 13,0% no mês (9,5% no ano). O consumo residencial cresceu 2,8% no mês (0,5% no ano). Já o consumo industrial teve alta de 2,3% no mês (taxa nula no ano).

Produção de biodiesel segue em queda

A produção de biodiesel recuou 0,3% sobre igual mês de 2021, e acumula baixa de 13,2% no ano. Em 2021, o aumento foi de 3,6%, e nos 4 anos anteriores a taxa anual foi sempre superior a 9%.

O consumo de cimento recuou 0,3% no mês, e acumula baixa de 1,7% no ano (-2,3% até abril). Os três anos anteriores foram de boas altas.

Tarifas de eletricidade

No acumulado do ano as altas nas tarifas de energia elétrica ainda são significativas sobre 2021, acima de 20% para cada um dos setores residencial, comercial e industrial, apesar de recuos a partir de abril. A tendência para os próximos meses de 2022 é de baixa gradativa.

 

Acesse aqui o Boletim.

 

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