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Floresta de cana-de-açúcar

No meio da crise do setor rural brasileiro, o segmento sucroalcooleiro distoa. Enquanto os produtores de soja falam em reduzir a área plantada, especialmente pela baixa cotação do dólar, o setor anuncia um crescimento de 32% da área canavieira. Até 2010, com a entrada em operação de 74 novas empresas, os investimentos serão de US$ 8 bilhões.

Teremos uma nova floresta de cana-de-açúcar. E um aumento de mercado de R$ 12 bilhões (R$ 2,4 bilhões em impostos), podendo gerar 280 mil empregos nas novas usinas, além dos gerados na cadeia produtiva da indústria, estimados em 1 milhão de vagas.

Mas essa conta não inclui o Nordeste, onde o número de novas unidades pode-se contar nos dedos. Mais grave: a questão da área plantada de cana-de-açúcar virou foco dos movimentos de trabalhadores rurais, com Pernambuco liderando o volume de ocupações. Numa região onde a fronteira agrícola de cana-de-açúcar praticamente já foi ocupada, a perspectiva de ampliação da cultura terá que procurar novas áreas, talvez em regiões inicialmente programadas para a soja. Mas isso não inclui o Nordeste no boom de negócios que o setor programa. O Nordeste só responde hoje por 15% da produção nacional. Em 2010, talvez não chegue a 10%.

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