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Fittipaldi quer repetir com álcool o sucesso nas pistas

Vitorioso na F-1 e na Indy, o piloto agora vai se arriscar na produção de açúcar e etanol. Considerados um dos maiores pilotos da história do automobilismo mundial, Emerson Fittipaldi quer repetir no mundo dos negócios o sucesso que alcançou em 30 anos dentro das pistas.

“O álcool é a energia do futuro. Estive estudando o setor com muito carinho nos últimos três anos e conclui que tinha que participar dele”, disse Fittipaldi, a bordo de um Astra bicombustível dirigido por sua filha.

Juntamente com o Grupo Comfrio-JS Citrus, um dos maiores produtores de laranja do mundo, Fittipaldi irá investir R$ 750 milhões na construção de três usinas de açúcar e álcool no Triângulo Mineiro, nos municípios de Uberaba e Uberlândia.

Cada uma das unidades terá capacidade de moer 1,2 milhão de toneladas de cana e produzir perto de 140 milhões de litros de álcool. Para abastecer as fábricas, serão plantados quase 70 mil hectares de cana na região, a maior parte em áreas arrendadas ou pelo sistema de parcerias.

Esta não é a primeira vez em que o sobrenome Fittipaldi se associa ao setor sucroalcooleiro. Nos anos 70, Emerson e o irmão Wilson fundaram a primeira equipe brasileira de Fórmula 1, a Copersucar Fittipaldi. A equipe fechou as portas no início dos anos 80, mas o álcool já havia seduzido o piloto. “O rendimento e a performance do álcool são sem dúvida melhores quando comparados à gasolina. Pude comprovar isso durante 12 anos, quando disputei a Fórmula Indy, onde os carros são movidos a 100% de metanol de milho ou eucalipto”.

Na época, no entanto, outro empreendimento, mais rentável, capturou sua atenção: a citricultura. Ele se associou ao produtor José Francisco Santos, da JS Citrus, e juntos formaram uma segunda empresa, a JS Fittipaldi. Hoje os dois empresários administram uma das maiores fazendas de laranja do mundo, com uma colheita de 15 milhões de caixas.

“Investir em álcool também é uma forma de diversificar os negócios, já que estamos muito focados na citricultura”, diz José Francisco Santos, presidente do Grupo Comfrio-JS Citrus e sócio de Fittipaldi no empreendimento sucroalcooleiro. “Nunca plantamos um único pé de cana. Mas nossos estudos indicam que será um investimento que irá ter retorno rápido”, disse.

Fittipaldi disse que o investimento será feito com recursos próprios, financiamento bancário e também com o aporte de um sócio estrangeiro, cuja identidade prefere preservar. Como a participação do sócio ainda não está definida, também não está decidido qual será o nome da holding de açúcar e álcool. “Estamos em meio à negociação com o parceiro estrangeiro, mas acredito que o acordo será concluído nas próximas semanas”.

A escolha de Minas Gerais foi feito após uma maratona por pelo menos cinco estados, entre eles Mato Grosso, Bahia e Pernambuco. “Escolhemos Minas pelo potencial, já que outras localidades, como São Paulo, estão saturadas”, disse Santos.

As obras das usinas começam dentro de um mês. As duas primeiras fábricas entram em operação em 2009.

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