Mercado

Fim de tarifa não é bom

O fim da tarifa de importação sobre o etanol nos Estados Unidos, que é ferozmente atacada pelos produtores brasileiros, não é importante para o Brasil no curto prazo, afirmou o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.

Para ele, uma eventual suspensão da tarifa – o que vem sendo descartado por autoridades dos Estados Unidos – seria um “gesto político” favorável, mas o foco do Brasil deve ser o abastecimento do mercado interno nos próximos anos. “A tarifa, do ponto de vista de mercado, não tem importância por enquanto, porque temos que produzir álcool para nós”, disse Rodrigues, citando o forte crescimento na demanda gerado pelas vendas de veículos flexíveis.

“O que é ruim é o sinal político que ela (tarifa) representa… O sinal político é que tinha que ser revisto, não a tarifa em si”, afirmou. Segundo ele, os Estados Unidos poderiam, por exemplo, propor uma redução gradual da tarifa nos próximos anos. Rodrigues disse que o Brasil não terá um excedente de álcool nos próximos três ou quatro anos para “inundar” os Estados Unidos, e que a tarifa norte-americana possivelmente será revista dentro de dois anos.

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