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Fiat atribui crescimento de vendas a modelos flex

A Fiat Automóveis está atribuindo ao sucesso dos modelos flex, da linha bi-combustível, o crescimento de 19,7% nas vendas para o mercado interno entre janeiro e maio de 2005 na comparação com o mesmo período do ano passado. “Crescemos bem mais que o mercado”, comemorou na sexta-feira o presidente da montadora, Cledorvino Belini. Segundo ele, o aumento das vendas no mercado interno de automóveis e comerciais leves foi de 10,7% nos cinco primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2004.

Na linha de carros populares, com motor 1.0, quase 90% dos veículos comercializados pela Fiat foram bi-combustíveis. Nas vendas totais da marca italiana, 50% foram de modelos flex. “Os novos produtos das novas famílias flex são um sucesso”, afirmou o presidente. Toda a família Palio 1.0 e 1.4 já é comercializada na versão bi-combustível.

De acordo com Belini, as vendas até maio garantiram à Fiat a liderança no segmento de automóveis e comerciais leves, com 25% de participação no mercado. Dos 6,4 mil veículos vendidos por dia no país, 1,73 mil foram da marca Fiat.

Apesar dos juros altos e da crise política no país, o presidente da montadora está otimista em relação ao mercado interno continuar aquecido. “Os juros estão altos, mas há crédito fácil para automóveis e uma uma grande demanda reprimida”, comentou ele.

No Brasil, há um automóvel em circulação para cada 8,3 habitantes. É um nível de motorização bem mais baixo que países vizinhos como a Argentina, onde há um veículo para cada cinco habitantes. “Isso é que está mantendo o setor automobilístico ativo.”

Para o mercado externo, no entanto, as expectativas não são nada positivas. A Fiat já reviu para baixo sua projeção de exportação para este ano. Ao contrário dos 120 mil estimados no início do ano, a montadora acredita que venderá para mercados externos não mais do 90 mil unidades neste ano.

Segundo Belini, o câmbio desfavorável tornou as exportações de Betim menos competitivas. Com a desvalorização do dólar no país, outras fábricas da Fiat, como a da Turquia, acabaram ficando com parte das vendas que a subsidiária brasileira esperava conquistar. “À medida que as exportações estão perdendo força, estamos perdendo oportunidade de geração de emprego e renda”, comentou o executivo.

Em 2004, a montadora italiana conseguiu exportar 80 mil unidades, o dobro dos 40 mil veículos comercializados no mercado externo no ano anterior. Para atender os contratos de exportação, a fábrica de Betim contratou mais de mil funcionários no ano passado. “Poderíamos contratar mais neste ano se as exportações continuassem aquecidas”, afirmou o executivo que, na sexta-feira, foi homenageado como “Industrial do Ano” pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

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