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Fazenda Experimental investe em pesquisas para desenvolver o agronegócio na região

A Fazenda Experimental do governo do Estado de São Paulo, situada no município de Pindorama, possui 532 hectares, foi fundada em 1934, está vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento para contribuir com o desenvolvimento da agricultura regional.

De acordo com o agrônomo, pesquisador e diretor técnico do Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro Norte, Antônio Lúcio Mello Martins, as atividades desenvolvidas no pólo são o melhoramento e a fitotecnia, fertilidade e conservação do solo, hidroponia, plantio direto, sanidade animal e vegetal, produção de grãos e silagem.

“As principais metas consistem em gerar soluções para o agronegócio regional, promover o desenvolvimento regional e buscar novas alternativas aos agronegócios já estabelecidos, integrar ações visando à geração de emprego, agregação de renda ao pequeno e médio produtor, plantio direto, qualidade aos produtos e preservação ambiental e buscar variedades de plantas que sejam menos suscetíveis a doença e diminuição de agrotóxicos”, explicou.

Segundo o diretor do pólo, a finalidade é poupar o agricultor de fazer a pesquisa e assim evitar prejuízos. Os serviços oferecidos são: fornecimento de dados e boletins meteorológicos, produção de material genético e básico, informações gerais sobre preparo e cultivo do solo, identificação de pragas e doenças. “Temos sete pesquisadores no pólo, sendo cinco na área fitotecnica, responsável pelo estudo de café, seringueira, agroenergia (cana-de-açucar e mandioca), grãos, sustentabilidade ambiental e fruticultura, um na área de sanidade vegetal, responsável pelo estudo de doenças e pragas de plantas e um de zootecnia”, informou.

De acordo com Martins, o investimento que se faz em pesquisa multiplica-se até cinco vezes, pois a pesquisa reduz as perdas, porque diminuem os riscos e pragas agrícolas e melhoram a produção. “Dentre as culturas em que há melhoramento e fitotecnia de cultura estão: cana-de-açúcar, laranja, manga, seringueira, mamona, maracujá, pupunha (palpito), urucum e abacaxi. Já na produção de sementes estão mudas de café, cana-de-açúcar, mamona, algodão, crotalária e amendoim.

O Pólo Regional sedia também eventos voltados a discussão do agonegócio. “A prioridade é a geração de conhecimento e desenvolvimento de tecnologia para as cadeias do agronegócios regionais, incentivo para agricultura sustentável com manejo ecologicamente adequado”, contou.

Para o diretor a maior contribuição do pólo foi a disseminação da muda de café, pois a variedade mais plantada no Brasil é denominada Mundo Novo e se originou na região Centro Norte, talhão onde foi selecionada. “Na epoca observaram plantas que se destacavam, contudo os pesquisadores do Instituto Agronômico (IAC) verificaram que a variedade era de boa qualidade e que também tinha alta produtividade, tornando-se a variedade mais plantada no País.”, destacou.

Segundo Martins, na região Centro Norte, a cana predomina e em segundo lugar vem a citricultura com a laranja, limão, manga e goiaba. “O solo e a condição climática são favoráveis à cana de açúcar. Isto ocorre porque abaixo de 40 centímetros tem se a parte argilosa que serve como uma caixa d’agua e o clima proporciona maior teor de sacarose, despertando interesse nas usinas em plantar e se instalar na região”, disse.

Em 2002 houve a formação da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento que criou os Pólos Regionais de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios, contudo a Fazenda Experimental tornou-se um desses pólos.

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