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Fatia da Dreyfus na Biosev cai para 56%

Com a colocação da oferta pública inicial de ações da Biosev, a francesa Louis Dreyfus Commodities deve reduzir de 71,25% para 56,49% sua participação na companhia sucroalcooleira, a segunda maior do país. As ações da empresa começam a ser negociadas no Novo Mercado da BM&FBovespa na sexta-feira.

Na operação realizada na segunda-feira, a Biosev captou R$ 700 milhões com a colocação do lote inicial (46.666.667 ações) e aprovou a captação de R$ 105 milhões referentes ao lote suplementar (7.000.000 ações). Em assumindo a colocação do suplementar, um total de 213.810.613 ações ordinárias serão detidas por todos os acionistas, das quais 120.782.850 ficarão com a Dreyfus via holdings Sugar Holdings B.V., NL Participations Holding 2 BV e NL Participations Holding 4 BV.

A Santelisa Participações (família Biagi) reduzirá sua participação de 7,55% para 5,66%, o equivalente a 12.094.232 ações. O Fundo de Investimento em Participações (FIP) Brazil Growth and Development terá encolhida sua fatia de 9,34% para 7%, ou 14.957.109 ações.

Na oferta inicial da Biosev, 80% das ações foram vendidas junto com a opção de vender os papéis à controladora francesa Louis Dreyfus daqui a 15 meses se estes estiverem abaixo do preço da emissão. A ação da empresa foi fixada em R$ 15 e o processo de “bookbuilding” definiu em R$ 0,25 o prêmio da opção.

Conforme o aviso da empresa, na oferta inicial, que soma R$ 700 milhões, foram vendidos 46,666 milhões de papéis e 37,406 milhões de opções de venda de ações da companhia. Portanto, 9,260 milhões de ações, ou 20% do total ofertado, foram adquiridas sem que os investidores levassem juntos as opções de venda.

O BTG Pactual, líder da operação, ofereceu garantia de colocação de 50% da oferta. Não houve rateio nos pedidos de reserva dos investidores de varejo. As pessoas vinculadas foram incluídas na oferta.

A Biosev já tentava há alguns anos abrir capital, sem sucesso. No ano passado, desistiu no dia da formação de preço, por não concordar com o desconto exigido pelo mercado. A empresa precisava listar-se em bolsa até agosto de 2014, por conta de contrato fechado na fusão da Biosev (antiga LDC-SEV) com o grupo Santelisa Vale. O documento regula as condições do refinanciamento da dívida bancária da Santelisa Bioenergia com a Usina Continental e com Bradesco, Banco do Brasil, Itaú e Itaú BBA, que estão como coordenadores da oferta. E prevê que, na oferta, 30% dos recursos captados para o caixa da Biosev vão amortizar a dívida com credores.

O preço de exercício da opção é de R$ 16,57 – os R$ 15 da ação ajustados pela expectativa para a curva do CDI. O vencimento da opção é 21 de julho de 2014.

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