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Falta diálogo e política adequada para o setor crescer, dizem especialistas

Que o setor precisa de políticas públicas, linhas de crédito atrativas e desonerar a cadeia produtiva ninguém duvida, mas a grande questão discutida na atualidade é saber quem poderá defender o setor sucroenergético em Brasília.

Uma fonte do setor concorda que o etanol precisa ser desonerado para se tornar mais competitivo porém o mais urgente é contar com o apoio. “Isso os fornecedores Nordestinos sabem fazer bem, que é lutar pelos seus direitos. O setor sucroenergético precisa de maior apoio em Brasília e de pessoas dispostas a lutar pelos direitos dos produtores junto ao governo federal. Mas concordo que os produtores também devem sair da zona de conforto e brigar pelos seus direitos”, diz.

De acordo com esta fonte, até mesmo o governo federal parece não estar tão informado sobre a realidade e as necessidades da cadeia produtiva sucroenergética. “Em governos anteriores o setor tinha um diálogo melhor com o governo”, ressalta.

Segredo do sucesso

Luiz Gustavo Junqueira Figueiredo, diretor comercial da Usina Alta Mogiana, explica que a alternativa ideal para aumentar a renda do produtor seria diminuir os impostos na cadeia produtiva do etanol, notadamente do PIS e COFINS. “Mas não vejo nenhum movimento do governo federal para isso. Com o setor desprestigiado, os olhos voltados à indústria do petróleo e o etanol não sendo mais importante para a política energética, como está sinalizado pelo governo hoje, prevejo uma grande estagnação do segmento que pode gerar desinvestimentos”, comenta.

Segundo ele, sem apoio, há risco de nenhum grupo mais investir no Brasil e de algumas empresas brasileiras diversificarem ou mudar de país, como investir no etanol de milho nos Estados Unidos. “Não vai ser impossível se persistir esse cenário de completo descaso ao etanol. O etanol de milho é mais caro para ser produzido mas a mistura de etanol na gasolina está em 10% mesmo com os preços altos ou baixos da matéria-prima. Além disso, lá a regra é clara e dá mais segurança para se produzir”, lembra.

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